O deputado estadual Iran Barbosa (PT) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã dessa quinta-feira (7), para destacar a proximidade do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e defendeu que a luta pela preservação de seus Direitos sejam ampliados e tenha a participação de todos. O parlamentar também criticou a Medida Provisória publicada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Diário Oficial da União, determinando que o imposto sindical não possa mais ser descontado no salário do trabalhador e que venha ser cobrado via boleto bancário.
Ao fazer sua análise sobre o Dia Internacional da Mulher, Iran Barbosa pontua que o País atravessa um momento de retirada de direitos dos trabalhadores e que a causa das mulheres requer ainda uma atenção maior. “Percebo um aspecto de preconceito quando percebo em alguns escritos tentando diminuir a luta feminista, chegando a dizer que os homens são vítimas de assédio e de violência. Isso em uma sociedade machista, coronelista e sexista”.
Mais adiante, o deputado relembrou o papel secundário na história social do País em que foi inserida a mulher. Ele defendeu a importância de se manter um movimento que mantenha a luta viva, para combater o crescimento do feminicídio. “Não são pequenos os casos de agressões verbais, psicológicas e patrimoniais. Amanhã é o dia Internacional, mas todos os dias as mulheres enfrentam o preconceito e a violência. O 8 de Março não está ultrapassado porque ainda buscamos um tratamento igualitário”.
Iran Barbosa defende a construção e o fortalecimento da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher e confirmou sua assinatura de adesão. “A preservação dos direitos da Mulher é uma luta de todos! As mulheres serão as mais penalizadas com esta Reforma da Previdência! Se for professora e pobre, mais ainda! Não podemos aceitar a fragilização da garantia continuada. Isso não ajuda a democracia e é típico de governos fascistas”, criticou.
Organização sindical
Iran Barbosa aproveitou a presença de representantes sindicais nas galerias da Alese para questionar a Medida Provisória do presidente da República. “É uma tentativa do governo federal de desmontar o sistema protetivo sindical e através de Medida Provisória”, disse, acrescentando que “a liberdade de organização sindical foi um avanço expressivo para a maioria do povo brasileiro e da classe trabalhadora. Vamos dialogar com o governo e a nossa bancada. Vamos lutar contra isso”.
Em aparte, o deputado Francisco Gualberto (PT) assumiu o compromisso público de não apoiar o fim das consignações. “Isso (MP) é uma tentativa de destruir o Movimento Sindical. Estamos assistindo o fim do imposto para tentar enfraquecer politicamente o movimento sindical. Se o decreto das consignações for confirmado, ao chegar este tema aqui na Casa, minha posição é que o Estado as mantenha porque elas (consignações) não lhe trazem prejuízo algum”.
Por Habacuque Villacorte – Rede Alese
Foto: Jadílson Simões