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Iran Barbosa defende que o Brasil já provou como reduzir a fome e a miséria

Por Stephanie Macêdo – Agência Notícias

Na sessão plenária de hoje, 09 de junho, o deputado Iran Barbosa (Psol) utilizou a Tribuna da Casa Legislativa para registrar divulgação de  matérias de grandes jornais de circulação nacional e do estado de Sergipe que destacam aumento da fome no país. O parlamentar  apresentou no plenário alguns recortes que destacam dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, feito pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional). A pesquisa aponta que cerca de 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil.

Segundo dados apresentados, 33,1 milhões de brasileiros não têm o que comer, 14 milhões a mais que no fim de 2020; 58% da população vive em algum grau de insegurança alimentar. Diante dos dados, Iran Barbosa lembra que o Brasil já foi referência internacional no combate à fome.

“Entre 2004 a 2013, as políticas públicas que nós adotamos para erradicação da pobreza e a miséria do Brasil, reduziram a fome para menos da metade do índice inicial. Saiu de 9,5% para 4,2%. Ou seja é possível atacar o flagelo da fome. O Brasil já provou e mostrou como é que se reduz a miséria e a fome, agora voltamos a pontuar nesse cenário triste”, indignou-se.

Ressalta que ao final de 2020, a fome retornou aos patamares de 2004. “Este ano de 2020 saltamos de 9% para 15,5% dos domicílios, tendo moradores que passam fome. Isso equivale aos 33,1 milhões  de brasileiros que não sabem o que vão comer. E ainda, 60% das famílias convivem com alguma insegurança alimentar, isso equivale a 125,2 milhões de brasileiros em domicílios com insegurança alimentar”, disse.

Iran frisa que as regiões Norte e Nordeste continuam a ser regiões afetadas pela fome, e afirma que a fome tem cor e gênero. “65% dos lares brasileiros comandados por pessoas negras convivem com restrição de alimentos. Nas casas em que as mulheres são referências, a fome passou de 11,2% para 19,3% . Já onde os homens são responsáveis, a fome cresceu de  7% para 11%”.

O parlamentar concluiu salientando que o problema da fome no Brasil não é a falta de alimento.” O problema é má distribuição dos alimentos. Nós temos que denunciar isso  e exigir políticas públicas que ataquem essa situação”, externou.

 

Fotos: Jadilson Simões- Agência Alese

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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