Por Ascom Parlamentar
Nesta terça-feira, 26, o Magistério sergipano iniciou a greve estadual contra os Projetos de Lei Complementar Nº 16/2019 e 17/2019, que tramitam na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) e anunciaram a realização de uma vigília, ocupando a sede do Poder Legislativo Estadual, até que os Projetos, que atacam direitos históricos dos professores e das professoras, apresentados pelo governo do Estado, sejam retirados de tramitação no Parlamento sergipano. O anúncio da ocupação da sede do Poder Legislativo pela categoria foi feito pelo professor e deputado estadual, Iran Barbosa (PT), na tribuna da Casa, durante o seu discurso.
Em seguida, o parlamentar dialogou com o Presidente da Alese, o deputado Luciano Bispo, e articulou uma reunião entre um representante indicado pela presidência e a direção do Sintese para garantir o bom acolhimento do Magistério na Casa, buscando que a ocupação fosse realizada sem maiores traumas.
“A partir do anúncio de que o Magistério estará em vigília, na Assembleia, até que esses projetos sejam retirados, imediatamente procurei fazer as tratativas com o presidente da Assembleia para que nós pudéssemos assegurar que a Alese recepcione e acolha os educadores sergipanos, como é o papel da Casa Parlamentar”, explicou.
“O presidente da Assembleia, Luciano Bispo, designou o diretor de Comunicação, Marco Aurélio, para fazer a mediação. Durante a reunião, da qual participei, foram feitas as tratativas de como será esse período de ocupação”, acrescentou.
Iran informou que também está buscando uma reunião com o governador Belivaldo Chagas.
“A partir do anúncio da ocupação, a Casa virou o foco da resistência do Magistério. Sendo assim, estamos buscando que a presidência da Assembleia faça uma mediação para que o governador do Estado receba uma comissão de parlamentares e a direção do Sintese. É preciso que esses projetos sejam retirados e que seja aberto o processo de discussão com a categoria. Vale lembrar, inclusive, que o governador do Estado afirmou à direção do Sintese, durante a campanha eleitoral, que não enviaria nenhum projeto para esta Casa sem dialogar com o Sindicato”, afirmou o deputado, informando que o governador não cumpre o que prometeu.
“Que esta Casa do Povo acolha a nossa categoria e cumpra seu papel de mediação para que o desfecho mais inteligente prospere, com a retirada dos Projetos, pelo governo, e a garantia do diálogo com o Magistério, numa perspectiva de ampliação de direitos e nunca de revogação, negação e retirada dos nossos direitos, duramente conquistados ao longo de décadas de lutas”, concluiu.