Por Stephanie Macêdo – Agência Alese
Atendendo ao Requerimento Convite do deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania), o presidente do Instituto de Promoção e Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde), Georgeo Trindade Gois, utilizou a Tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), durante o Grande Expediente da Sessão Plenária, na manhã desta quinta-feira, 26 de maio, para prestar contas da pasta.
De acordo com o deputado Georgeo Passos, o comparecimento do gestor do Ipesaúde tem o objetivo de esclarecer algumas questões sobre a operacionalidade do órgão. Quanto a prestação de serviços do órgão, expôs que há diversas reclamações dos segurados sobre morosidade nas marcações de consultas e cirurgias em tempo hábil.
“Recebemos várias reclamações dos servidores públicos, que são segurados do Ipes. Então, nada mais justo que na Casa do Povo, ele preste esclarecimentos e demostrar o que há com o Ipesaúde, dizendo o porque do órgão não estar dando mais resolutividade”, declarou o deputado, enfatizando que o órgão recebe do servidor o pagamento da prestação de serviços, uma vez que é descontado em folha.
O plano Ipesaúde atende servidores públicos do Estado de Sergipe, bem como algumas prefeituras e câmaras municipais.
Contratos
Sobre a situação de clínicas credenciadas para realização de consultas e exames, o presidente do Ipesaúde revela que órgão contempla centenas de clínicas credenciadas ao Ipes. E que o Edital de credenciamento é aberto constantemente, para qualquer clínica que queira se credenciar e fazer a adesão. “Evidente que nós temos critérios para fazer essa adesão, porque a gente não vai colocar uma clínica que não tenha as condições sanitárias, alvará, ou condições do ponto de vista documental que dê o respaldo e dê segurança à sociedade”, externa.
O procedimento para o credenciamento foi explicado pelo gestor. George Trindade explica que o Ipesaúde acompanha os serviços prestados pela clínicas, e que há casos de descumprimentos, ou seja, em descompasso com o contrato. “Às vezes a clínica se credencia conosco, diz que vai fazer o quantitativo de dez procedimentos, e depois ela começa a fazer somente cinco. E aí o que é que a gente tem que fazer? Tem que comunicar ao Ipes, para que o Ipes possa agir pra gente retirar do contrato dela aqueles outros cinco serviços que não está realizando. Contratualmente eles têm, contudo acabam descumprindo o contrato”, esclarece.
Trindade explicou que ainda assim, o Ipesaúde mantém o contrato e não descredencia a clínica como um todo. “Como há parte dos serviços, a fim de manter, a gente não rui e não descredencia totalmente essa clínica, para que não haja desassistência”, conta o gestor, enfatizando que os principais hospitais e as principais clínicas de Sergipe, de domínio público, trabalham com o Ipes.
Orçamento
Sobre a gestão de orçamento do órgão, Trindade revelou limitações do ponto de vista financeiro e que, como Entidade Pública, Ipes deve seguir orçamento. E destaca que mais de 90% do nosso recurso é com assistência à saúde.”A gente não pode gastar mais do que arrecada. Quanto mais dinheiro eu tiver, mais oferta eu terei. Menos dinheiro, menos oferta. Isso é natural. É diferente de um plano privado, que não tem essas limitações do ponto de vista legal, de poder gastar mais do que arrecada”, disse, ressaltando ainda que “o preço que o servidor pagaria por um plano privado é totalmente diferente do que se paga no nosso plano no Ipes Saúde”.
Ao defender que o Ipes Saúde é um plano que dá um auxílio social muito grande aos servidores públicos do Estado, o gestor demonstrou afirmativa com números apresentados na Casa. “Do ponto de vista de orçamento e de arrecadação, eu tenho a perspectiva de trabalhar com R$ 24 milhões por mês, mas têm meses em que eu recebo faturas da ordem de R$ 30 milhões. Então o que é que acontece? Quando você gasta mais do que você arrecada, terá que ir restringindo porque não vai ter o dinheiro para repor.
Questionamentos
Os deputados parabenizaram e valorizaram a importância dos serviços prestados pelo órgão de saúde do Estado – que atende a vários municípios sergipanos. Contudo, os parlamentares defenderam a melhor qualidade nas prestações dos serviços, quer sejam sobre consultas, exames e cirurgias. Quanto às falhas e ausências no fornecimento dos serviços, Georgeo Trindade observa que a ocorrência da pandemia por Covid-19 acelerou a demanda do órgão.
“Mais de 90% do nosso recurso é com assistência à saúde. Então, este é um trabalho contínuo que a gente faz e que a gente hoje enfrenta essa demanda reprimida pós-pandemia, que tem uma procura muito ampla, e o que a gente espera também é que isso dê uma equilibrada, dê uma equacionada, e que mais adiante a gente consiga reduzir essas despesas médico-hospitalares. E assim, a gente consegue conviver melhor”, ressaltou.
O presidente destacou importância de os servidores serem fiscais dos serviços, a fim de corrigir falhas que ocorrem na prestação de serviços. “Que sejam fiscais, e parceiros do Ipes”, defende.
Ipes no interior
Questionado sobre deslocamento para atendimento do segurado à capital, Georgeo Trindade diz que a permanência das unidades que estão no interior é válida. ” As regionais compensam, hoje fazemos cerca de 5 mil atendimentos por mês”, revela, explicando ainda que além do não deslocamento, a clínica geral atende bem os municípios, sendo que algumas especialidades ainda não são possíveis em todas as unidades, mas que podem ser encontradas em municípios vizinhos, na região.
Fotos: Jadilson Simões