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Homens também devem atuar pelos direitos das mulheres

Por Wênia Bandeira/Agência de Notícias Alese

Violência, discriminação, desvalorização. Estes são alguns dos pontos debatidos quando se fala sobre a luta das mulheres por igualdade na sociedade e são levantados em estudos realizados em todo o país, comprovando que o avanço está acontecendo, mas ainda precisa melhorar.

Segundo dados do relatório “Violência contra mulheres em 2021”, elaborado para o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 56.098 estupros foram registrados no sistema de segurança contra mulheres. O crescimento dos registros foi de 3,7% em relação ao ano anterior e mostra que uma menina ou mulher é estuprada a cada 10 minutos no país.

De acordo com o levantamento da pesquisa “Percepções sobre segurança das mulheres nos deslocamentos pela cidade”, realizada pelos institutos Locomotiva e Patrícia Galvão, 96% evitam passar em local deserto/escuro e 87% escolhem o lugar em que vai se sentar no transporte coletivo pensando na sua segurança.

O relatório “Participação Feminina no Mercado de Trabalho Brasileiro”, revela que a taxa de participação das mulheres, entre 15 e 59 anos de idade, aumentou de 52,5% (em 1992), para 61% (em 2012). Mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a diferença de remuneração entre homens e mulheres, que vinha em tendência de queda até 2020, voltou a subir no País e atingiu 22% no fim de 2022, o que significa que uma brasileira recebe, em média, 78% do que ganha um homem.

As mulheres reivindicam esses direitos, mas costumam esbarrar na realidade patriarcal. Desta forma, a busca é também por apoio do público masculino que, em sua maioria demostra entender e agir contra os problemas encontrados em vários setores.

Assembleia Legislativa

A Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) aprovou a Lei Nº. 8.949, de 30 de dezembro de 2021, que institui o “Dia de Mobilização Estadual dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, fixando em 06 de dezembro de cada ano.

O presidente da Alese, deputado Jeferson Andrade (PSD), destacou a importância da participação masculina nesta luta. Ele falou que o que todos devem fazer é tratar todos como igual para que a sociedade seja mais igualitária.

“A gente sabe que os homens é que dominam, como a gente vê ao longo dos séculos, e precisa que nós também demos espaço, não só que as mulheres reivindiquem isso. Isso é muito importante quando encontrarmos arbitrariedade, por exemplo, quando você vai em uma empresa que o salário da mulher vem menor que o do homem, o homem também tem que tomar uma providência quanto a isso, não aceitar esse tipo de situação. Então se faz muito necessário que os homens se incluam nessa pauta feminina”, afirmou.

O líder da oposição na Casa, deputado Georgeo Passos (Cidadania), destacou a realidade da atual sociedade em que as mulheres são vítimas de violência e não consegue as mesmas oportunidades que os homens. Ele disse que é importante que os homens que não concordamos com essas práticas possam se posicionar a favor dessa igualdade.

“É uma luta que as mulheres vêm há muitos anos tentando realmente ter os mesmos direitos, você vê a questão salarial, muitas das vezes, homens e mulheres fazendo a mesma missão e mulheres recebendo menos. Quando você pega a violência contra a mulher, os dados são alarmantes no Brasil, então é primordial que os homens que não concordam com esse tipo de situação se posicionem. Eu vou sempre me posicionar a favor das mulheres buscando sempre a igualdade”, falou.

O líder do Governo na Alese, deputado Cristiano Cavalcante (União Brasil), declarou que estas ações dos homens precisam ser realizadas durante todo o ano e não apenas neste período em que é celebrado do Dia da Mulher.

“O papel do homem é essencial nessa luta das mulheres por igualdade social e no mercado de trabalho, mas sobretudo a independência da mulher. Eu costumo dizer, com a aquele jargão popular, que o lugar da mulher é onde ela quiser, e nós homens temos um papel fundamental para que isso realmente se torne realidade, então nós temos essa pauta que não deve ser defendida só no Dia Internacional da Mulher, mas deve ser uma pauta permanente de luta contra a violência doméstica e a discriminação, para que efetivamente a mulher ocupe o seu lugar na sociedade e no mercado de trabalho e que tenha o respeito que ela merece”, disse.

Foto: Wênia Bandeira/Agência de Notícias Alese

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