A crise política e econômica do Brasil foi tema de um longo debate hoje (9), na Assembleia Legislativa, entre os deputados Francisco Gualberto (PT) e Venâncio Fonseca (PP). Líder da bancada governista, Gualberto fez a defesa dos programas sociais do governo federal e mostrou que o PSDB e outros setores da direita querem se aproveitar da crise econômica do governo para forçar a barra e defender o corte nos recursos destes programas.
“É uma questão de ódio de classe. Não estão preocupados com estabilidade política e econômica do país, com geração de emprego e renda, com o combate à fome, com moradia. Querem somente o poder”, apontou Gualberto. “É a veia perversa da direita no país defendendo golpe. Eles querem dizer que o governo não pode mais socorrer quem passa fome. Isso é desumano. Ultrapassa as fronteiras da disputa política. É o ódio da elite contra a classe trabalhadora”. A celeuma foi criada a partir do anúncio do governo federal que prevê um déficit de R$ 30,5 bilhões no Orçamento para 2016.
Atento às questões, o petista admite que o Brasil vive momentos de dificuldade, mas acredita que o caminho para a saída não é cortar benefícios à população mais carente. “É preciso repensar situações na economia para sair da crise. Aqui e em vários países”, garante. “E não se trata apenas de corrupção. Existem vários denunciados do PSDB e de outros partidos, por exemplo, mas que não aparecem como manchete na grande imprensa. Nesse aspecto, o PT já paga pelos seus erros”, disse.
Para Francisco Gualberto, nesse momento o PSDB se apresenta como coveiro da democracia brasileira. “E em nome disso quer matar muita gente de fome”, disse, lembrando que nos governos do PT, a partir de Lula, 37 milhões de brasileiros saíram da miséria absoluta, e 40 milhões ascenderam à nova classe média. “São 77 milhões de pessoas que mudaram de vida pra melhor. E o governo do PT foi o autor dessa façanha. Ninguém poderá negar isso”.
O deputado ressaltou ainda a história da anã de Itabaianinha conhecida como Maria das Piabas, falecida recentemente e que ganhou destaque num programa de tv nacional exibido na Rede Record. Durante entrevista dela, gravada semanas antes da morte, Maria se orgulhava em dizer que vivia com dignidade porque o governo federal havia lhe assegurado a aposentadoria rural após ter completado 60 anos de idade. “Até o governo Lula, o trabalhador rural morria e não conseguia esse benefício. Lula criou a aposentadoria rural sem contribuição. Com isso, o trabalhador rural não morre na indigência e na fome”, afirmou Gualberto.
Por Ascom parlamentar Francisco Gualberto (Gilson Sousa)