Por Wênia Bandeira
O deputado Francisco Gualberto (PT) criticou a forma como o Governo Federal vem atuando no combate ao Coronavírus. Ele ainda pontuou que a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em Sergipe não deveria acontecer.
“Na vida, todos podemos errar, estamos sujeitos ao erro, mas o que nós não podemos aceitar é a premeditação do erro que vai levar milhares de pessoas à morte. É disso que está tratando a CPI em Brasília”, afirmou.
O parlamentar citou momentos em que o presidente Jair Bolsonaro se posicionou erradamente durante a pandemia. Ele falou que isto está acontecendo desde o início da crise de saúde mundial.
“Quando nós não tínhamos vacina no Brasil a recomendação era use máscara, façam distanciamento social. O presidente Bolsonaro não usava máscara, incitava os brasileiros a não usar, fazia aglomeração propositadamente, ou seja, quando não tinha vacina, o presidente da República já era um vetor do vírus. E o pior: premeditadamente”, declarou.
Ele salientou que até no direito penal, quem comete um crime tem a anotação da lei, mas quem comete um crime de forma premeditada precisa ter uma anotação mais agressiva e mais justa. Segundo Gualberto, as falas do presidente justificam isso.
“50 mil mortes anunciadas no Brasil e o presidente diz e daí? Todos não vão morrer um dia? 100 mil mortes anunciadas no Brasil e diz o presidente Bolsonaro eu sou Messias, mas não faço milagre”, falou.
Ele ainda citou momentos em que as relações com a China passaram a ter problemas. Ele também falou sobre países que estão com a vacinação avançadas para suas populações e disse “sentir inveja no bom sentido”.
“É um caso para psiquiatria e um caso para que outros poderes tomem providências imediatas para afastar esse presidente do controle dessa discussão sobre pandemia no Brasil, tem que encontrar uma forma de interromper, sob pena de não sabermos quantos brasileiros vão morrer no Brasil”, disse.
O deputado se colocou contra qualquer CPI que surja sem delito concreto. Ele justificou dizendo que esta foi uma fala de Jair Bolsonaro em telefonema ao senador goiano Jorge Kajuru e Gualberto disse se tratar de “a vingança”. O parlamentar defendeu as ações tomadas pelo governador Belivaldo Chagas e pelo prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, com o toque de recolher, por exemplo.
As declarações ocorreram durante a sessão mista da Assembleia Legislativa de Sergipe.
Foto: Joel Luiz