A deputada estadual Maria Mendonça (PP) lamentou a rejeição de duas Emendas Modificativas, de sua autoria, propostas ao Projeto de Lei nº 171/2017, do Poder Executivo, que estima a receita e fixa as despesas para o Estado no exercício de 2018. As alterações, segundo a parlamentar, tinham a intenção de “viabilizar investimentos em áreas mais críticas do Estado”, no entanto, “falta sensibilidade do Governo que insiste em não priorizar segmentos essenciais à melhora da qualidade de vida do sergipano”.
Uma das Emendas propostas por Maria previa a destinação de R$ 3 milhões para a Secretaria da Segurança Pública (SSP), dos quais metade seria distribuída para melhorar as condições de trabalho dos policiais militares, civis e também dos agentes do Corpo de Bombeiros. Segundo a deputada, são servidores que, “apesar de empenhados, enfrentam dificuldades de toda ordem, que vão desde a falta de coletes balísticos dentro da validade para os novos Soldados até a precariedade das delegacias no interior”.
O outro R$ 1,5 milhão seria revertido em programas de prevenção à criminalidade, com o intuito de reverter os alarmantes índices de violência que deram ao Estado o título de mais violento do país. “Se formos observar os dados do IML, constatamos que a violência continua avassaladora. Este ano, já ultrapassamos a marca dos mil homicídios”, destacou Maria acrescentando que “falta segurança pela ausência de políticas públicas que combatam as causas do problema de maneira preventiva”.
A outra Emenda de Maria versava sobre a destinação de R$ 1 milhão do “exorbitante orçamento de R$ 36 milhões” da Secretaria da Casa Civil para o incentivo à cultura sergipana, “através da promoção de eventos voltados à valorização das riquezas sergipanas e da produção cultural dos nossos artistas que estão no anonimato e apelam por oportunidades para mostrar o seu talento”.
A deputada estadual justificou que o remanejamento proposto “não inviabilizaria a gestão dessas pastas” e questionou a “falta de sensibilidade do Governo” na hora de organizar seu orçamento, “destinando recursos vultosos para áreas políticas e deixando de lado tantas outras demandas de extrema relevância para o sergipano, como é o caso da Segurança”.