Por Assessoria da Parlamentar
A procuradora da mulher da Alese, deputada estadual Goretti Reis (PSD), marcou o retorno dos trabalhos presenciais das Sessões Ordinárias, da Assembleia Legislativa de Sergipe, na manhã desta terça-feira (10), com uma homenagem e retrospectiva da participação de mulheres em Olimpíadas. São 125 anos desde a primeira edição dos jogos da era moderna, na Grécia, com 280 participantes e lamentavelmente, nenhuma mulher. Goretti fez um comparativo da necessidade de mais presenças femininas na política.
A parlamentar ressaltou a importância das Olimpíadas de Tóquio como um fato histórico para as mulheres que representaram 48,8% dos quase 11 mil participantes. Foi a primeira edição a atingir a meta de equidade de gênero entre os atletas, e a contar com a primeira participante mulher transgênera. Para Goretti, as Olimpíadas devem servir de inspiração para o aumento da presença feminina também em cargos públicos.
“Destaque para a luta da mulher, que é antiga e sofrida, em muitas áreas, inclusive no esporte. Foi dito pelo idealizador dos jogos, Pierre de Coubertin: “uma olimpíada com mulheres seria impraticável, desinteressante, inestética e imprópria. Ou ainda que de acordo com a visão da época, só participariam de esportes que não demandassem muito esforço físico, ou que comprometessem a feminilidade. As nossas atletas desmentem essas falas e fizeram bonito, subindo ao pódio com ouro, prata e bronze”, disse a parlamentar.
Retrospectiva de parte da história
Persona non grata. Assim eram vistas pelos homens. O termo persona non grata vem do latim cujo significado é pessoa não agradável, não querida ou não bem-vinda, exatamente o que significava a presença feminina nas Olimpíadas da Grécia Antiga, inclusive nas arquibancadas.
A primeira participação foi em 1900, com apenas 22 mulheres num total de 997 participantes, 2,2% do grupo. Das 19 práticas, apenas 5 permitidas: tênis, vela, croquet, hipismo e golfe. A brasileira Maria Lenk, em 1932, com 17 anos foi a primeira a competir. O Brasil só subiu no pódio com o vôlei de praia em 1996, quando quatro brasileiras chegaram final com ouro para Sandra Pires e Jaqueline Silva. Londres 2012, início da competição com mulheres em todas as modalidades. Em 2007 um novo estatuto do Comitê Internacional Olímpico para encorajar e apoiar a promoção das mulheres no esporte em todos os níveis e estruturas com vista à aplicação do princípio da igualdade entre homens e mulheres. Em 2012 iniciam as Delegações Femininas.
Nas Olimpíadas de Tóquio, das 21 medalhas conquistadas pelo Brasil, 9 foram por mulheres, 41% do total. Nossas homenagens as participantes e as medalhistas: Rebeca Andrade, 22 anos – ouro e prata, Rayssa Leal, 13 anos – prata, Bia Ferreira, 28 anos – prata, Martine Grael, 30 anos – ouro, Kahena Kunze, 30 anos – ouro, Ana Marcela Cunha, 29 anos – ouro, Mayra Aguiar, 30 anos, – bronze, Luisa Stefani, 23 anos – bronze e Laura Pigossi, 27 anos com bronze.
Foto: Jadílson Simões