A deputada estadual Goretti Reis (PSD) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na tarde dessa segunda-feira (6), para denunciar que o prefeito de Lagarto, Valmir Monteiro (PSC), teria “comprado” uma premiação recebida fora do Estado supostamente pela aprovação de sua gestão a frente do município sergipano, com o suposto financiamento do poder público.
A parlamentar exibiu em plenário uma reportagem veiculada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, na noite de domingo (5), denunciando um suposto comércio de diplomas de mérito para vereadores, prefeitos e secretários municipais que está sendo investigado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul.
Segundo a reportagem, as empresas que fornecem os prêmios são a União Brasileira de Divulgação, ou UBD, de Pernambuco, e o Instituto Tiradentes, de Minas Gerais. Juntas, as duas instituições promovem até 20 premiações por ano. O fato inusitado na matéria do Fantástico é que a equipe da Rede Globo conseguiu negociar a compra de um diploma para um jumento (batizado de Precioso).
“A reportagem exigiu a farra de entrega de títulos a vereadores, prefeitos e secretários. É desperdício de dinheiro público e uma falta de credibilidade da classe política. Depois dessa matéria, verifiquei que o prefeito Valmir Monteiro fez uso deste mesmo benefício para passar a impressão que vem bem em sua gestão, mas a gente que acompanha de perto conhece e sente as dificuldades. Sua administração é um caos e cheia de desmandos”, denunciou a deputada.
Em seguida, Goretti Reis acusou o prefeito de se autopromover fazendo uso do dinheiro público. “Essa reportagem do Fantástico traz a tona o desperdício do dinheiro público, é a indústria da autopromoção, onde se gasta com passagens, diárias e até com a inscrição no prêmio. O próprio prefeito divulgou nos quatro cantos do Estado que tinha ganho essa premiação como melhor prefeito. Deveria ter vergonha disso”.
A parlamentar concluiu dizendo que o dinheiro dos impostos da população não está sendo bem aplicado e que isso lhe gera indignação. “Vou pedir ao Ministério Público no sentido que garanta, por parte do prefeito de Lagarto, o ressarcimento aos cofres públicos de todos os valores gastos nesta autopromoção. Isso é fraude, é enganação!
Fica o alerta para os demais prefeitos porque quando se quer trabalhar não precisa de papel falso e sim de ações”, disse, citando a problemática do matadouro de Lagarto e um suposto bloqueio de recursos públicos.
Por Habacuque Villacorte – Rede Alese