Defensora do ensino presencial de enfermagem e contrária a graduação EaD, a deputada estadual Goretti Reis (PMDB-SE), foi uma das debatedoras do tema ‘Dados da formação EaD de bacharel em enfermagem’, durante o 1º Seminário sobre ensino técnico e de graduação a distância, realizado nesta quinta-feira (7), pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais, no auditório da OAB Nacional, em Brasília (DF).
A parlamentar que é enfermeira e mestre em ciências da saúde pela UFS, defende o debate em torno do assunto, que é polêmico, por entender que o ensino presencial exige uma estrutura complexa de aprendizagem e capacitação. “Nossa profissão requer conhecimento e prática durante a graduação. Fazê-lo a distância compromete a formação do profissional e a saúde de quem precisa. A enfermagem é um conjunto de ações humanas, sem estar diante do paciente fica impossível formar um bom profissional”, observou.
Segundo Goretti dados da pesquisa feita pela Fiocruz e Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em 2015, ‘Perfil da Enfermagem no Brasil’, revelam que o Brasil tem hoje quase 2 milhões de profissionais de Enfermagem, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem. “São dados que indicam um saturação de mercado. É o maior levantamento sobre uma profissão já realizado na América Latina”, ressaltou.
Outros dados da pesquisa apontam ainda que, atualmente, são cerca de 160 mil vagas ofertadas na graduação presencial, sendo que, destas, 75 mil ficam ociosas. E das 60 mil vagas por ensino a distância, estima-se que, mais de 90% estejam ociosas. “Isso comprova que não há necessidade do formação de enfermeiros por ensino a Distância”, completou a deputada peemedebista.
Projeto de Lei
O debate do seminário foi em torno do Projeto de Lei 2891/2015 que altera a Lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986, que regulamenta o ensino EaD em Enfermagem e a criação da legislação que estabelece a realização de exame para registro do profissional nos Conselhos de Enfermagem.
Por Ascom Parlamentar Dep. Goretti Reis – Cristina Rochadel