A deputada estadual Goretti Reis (PSD) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa ainda para registrar os 12 anos da Lei Maria da Penha e condenar os casos de agressões contra as mulheres brasileiras. A parlamentar chegou a exemplificar com uma charge do artista Edidelson Silva que, segundo ela, estaria banalizando a imagem de todas as mulheres.

Enquanto falava da tribuna da Assembleia, Goretti Reis era assistida das galerias da Alese pela vice-presidente da Comissão de Defesa da Mulher da OAB/SE e presidente da Comissão de Gênero e Violência Doméstica do Instituto Brasileiro de Direito e Família, Valdilene Martins.

Ao condenar os casos que comprovam o crescimento dos feminicídios no País, Goretti disse que “a gente sempre espera por propostas do governo no sentido que se consolidem políticas públicas de proteção contra a violência doméstica. Infelizmente nos deparamos com mais esse caso de feminicídio no Paraná, que vinha sendo vítima de espancamento e hoje as câmeras mostram tudo”.

A deputada defendeu que as penalidades aos agressores aumentem porque só assim devem diminuir os registros de violência. “Infelizmente vivemos em uma sociedade ainda muito machista. Lamento que um jornal veicule este tipo de charge depreciativa com a mulher. Peço que o chargista Edidelson pare com esse tipo de trabalho que vulgariza a mulher, como se ela não tivesse valor ou responsabilidade. Mas a mulher precisa ter voz em todos os espaços de Poder”.

Valdilene Martins

Na mesma linha de raciocínio, Valdilene Martins condenou o trabalho do chargista e disse que essa não foi a primeira vez. “Tratam a mulher sempre com cunho pejorativo. Esse anos já tivemos umas três charges neste sentido! O que esse jornal tem em mente? Será que esse chargista não se dá conta que existem mulheres na família dele? E o jornal não se policia sobre isso? São três charges falando de política onde a mulher é associada com uma prostituta!”, condenou.

Por Habacuque Villacorte – Rede Alese

Fotos: Jadílson Simões