Por Assessoria Parlamentar
Na manhã de hoje, 10 de junho, em mais uma sessão remota da Assembleia Legislativa, que contou com a presença da secretária de Estado da Saúde, Mércia Feitosa, a deputada Goretti Reis (PSD) aproveitou a ocasião para parabenizar o Governo de Sergipe pela escolha da secretária e fez algumas ponderações e solicitações. “É necessária uma reestruturação por parte da Secretaria para demandas de outras ofertas, que não para a Covid-19. Temos casos de dengue acontecendo. Já existiam filas de espera dentro do sistema para procedimentos de cirurgias eletivas. Existe a garantia de recursos, por parte do Ministério da Saúde para esses tipos de procedimentos. Fica meu apelo para que se encontrem caminhos para essas demandas”, pediu a parlamentar.
Na ocasião, a parlamentar disse ser contra a saída de Sergipe do Consórcio do Nordeste. Para ela, o governador tem condições de verificar os erros e os acertos e se existe quem não está trabalhando como deveria, com transparência e ética, que se exponha e que se retirem esse profissional. O que importa é o objetivo do Consórcio, que é o fortalecimento da região Nordeste. A união é importante para os avanços e as conquistas. “Somos um estado pequeno e com tantas dificuldades. Sozinho fica mais difícil de avançarmos. Então, está aí a proposta do comitê interestadual, que se façam as averiguações e vejam o que realmente não está correspondendo com o objetivo do consórcio”.
Goretti falou de gráficos que retratam a situação de países sobre a Covid-19. “Alguns gráficos analisam os países nesse momento difícil e quando se daria o pico. Vimos a Itália, a Austrália, a França e vários outros que o pico iria diminuir a partir de maio como realmente tem acontecido. Mas no Brasil, infelizmente existe a estimativa de mais de 5 mil casos por dia. Com certeza devido ao baixo número de isolamento social e nosso número de casos é maior do que a gente tem confirmado laboratorialmente”.
Goretti sugeriu retirar os outros atendimentos de dentro da rede de atenção hospitalar e se criem um único local para fazer esse fluxo sem prejudicar a prioridade no atendimento da Covid. “Essas demandas do dia a dia de pessoas ansiosas buscando saber como podem resolver, como viabilizar o procedimento que já tem meses. Exames perdendo a validade. Dificuldade do sistema para viabilizar esses atendimentos. Sugiro hora marcada e até quem sabe com teste rápido antes do procedimento cirúrgico para ver se a pessoa está ou não contaminada para não expor os profissionais e também a própria pessoa de um risco maior pós cirurgia. São iniciativas viáveis e que precisam de soluções”, disse Reis.
A parlamentar sabe que o momento é propício para COVID sim e tem que ter responsabilidade. “Parabenizo toda a estrutura e agilidade da Secretaria em abrir leitos de UTI. Precisava que os hospitais de campanha fossem mais ágeis. Talvez assim não tivessem pessoas esperando em ambulâncias do SAMU e poderia ter sido assistida diretamente no ambiente hospitalar, mas, com esses atrasos, inviabilizou a agilidade que a gente gostaria que tivesse dentro dessas estruturas”, lamentou Goretti.
A secretária Mércia Feitosa explicou que as medidas não farmacológicas vão influenciar nesse pico. “Tínhamos uma projeção para que em meados de junho, final de maio, mas não aconteceu. Sobre a reestruturação de SEES, já começamos a desenhar paralelo a essa pandemia. São cinco, seis meses e vamos ter que ir retomando, principalmente, pacientes crônicos. Não só a cronicidade da oncologia. Mas os crônicos, hipertensos, diabéticos, que estão dentro da casa, e as vezes não estão com acompanhamento diário e medicamento. É uma fragilidade que tentamos avançar com o grupo nessa área. Já solicitei a dois técnicos que começassem a desenhar um plano pós pandemia. Um deles disse que são as cirurgias ginecológicas, que a gente já fez essa avaliação, sinalizando uma queda dos últimos anos, não só em 2020. Estamos visualizando os problemas de 2020, mas já tinha uma queda, principalmente, cirurgias ginecológicas. Vamos trabalhar um plano pós pandemia no que vem sendo o problema e o que a gente pode fortalecer. Sobre os ambulatórios especializados eles vão ter que retomar. Não fecharam na sua plenitude porque os pacientes, principalmente, os de referência, ambulatório como o CEMAR, tem que funcionar, porque tem diversas situações que necessitam de uma especialidade”.
Foto: Sandra Cavalcante