A deputada estadual, Goretti Reis (PMDB), na manhã de hoje, 22, ocupou a tribuna no pequeno expediente, na assembleia Legislativa, para descrever cenas lamentáveis que viveu na tarde de ontem nas dependências do Hospital Cirurgia. A parlamentar esteve visitando um amigo que há quase quatro semanas aguarda uma cirurgia neurológica, ele está com um tumor no cérebro e já esteve por quase duas semanas internado no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) e foi transferido para o Cirurgia. “Não se consegue viabilizar a cirurgia por causa das dificuldades que acompanhamos diariamente em relação ao Hospital Cirurgia. Fecha, não fecha, está em greve, falta de repasses por parte do poder público municipal e estadual entre tantas outras situações”.
Goretti Reis ressaltou que com essas dificuldades de repasse e a descontinuidade do trabalho quem sofre é a população e que ontem, durante a visita na enfermaria do Cirurgia, foi procurada por muitos pacientes e familiares que pediram para que como parlamentar fizesse alguma coisa por eles. “Clamaram para que a gente seja essa voz e para que façamos alguma coisa e que sejam tomadas as providências o mais rápido possível para a continuidade do serviço e a não interrupção dos procedimentos cirúrgicos daquele hospital”.
A deputada, diante de tantas reclamações também esteve com o diretor do Cirurgia, Gilberto Santos e foi informada de inúmeras dificuldades enfrentados pela instituição de saúde, e de que precisa estar no Ministério Público e com ações judiciais para receber os recursos e tentar organizar e manter a funcionalidade daquele hospital. Goretti Reis disse ter conversado com o deputado Gilmar Carvalho sobre a solicitação dos pacientes, a respeito da ida de uma equipe de reportagem para que possam expor mais problemas para a sociedade. “A dificuldade para essas pessoas está no tempo em que passam nos leitos do hospital e seus familiares precisam se ausentar do trabalho, além das dificuldades do deslocamento, já que muitos são do interior, também a acomodação em cadeiras e a alimentação que não é fornecida pelo hospital. São fatores que oneram a vida da família que já está passando por um grave problema e que precisa ser viabilizado. É preciso que os gestores sentem e discutam. Se tem necessidade de uma intervenção ou de uma auditoria, que se façam, mas não se penalize mais o paciente.
Para a deputada essa falta de rotatividade pela permanência no leito aumenta as filas para as cirurgias eletivas ou de urgência que não permitem o andamento das enormes filas. “Ando com frequência em alas hospitalares e vejo as dificuldades enfrentadas para a realização de cirurgia de próstata nesse estado. É fila para cirurgias ortopédicas, neurológicas e vasculares. Precisamos encontrar caminhos e alternativas. Os gestores precisam sentar e buscar saídas imediatamente. Façam mutirões, campanhas de cirurgias eletivas, definam um hospital que venha fazer efetivamente a realização desses mutirões, mas por favor, façam que essa fila ande. O Sigal (comissão de regulação) está lá com filas de atendimentos e procedimentos que não se consegue viabilizar. A população está clamando e pedindo a nós, dessa Casa, que somos os fiscalizadores, que temos o poder de cobrar que usemos dessa tribuna e desses momentos também para fazer valer a sua voz. Venho na voz daqueles que ontem reclamaram, que pediram, que solicitaram para que os gestores tentem organizar o mais rápido possível para organizar os repasses e para que se pague os anestesistas e que possam voltar a fazer acontecer o funcionamento daquele hospital e das cirurgias. Esse é o apelo que deixo aqui em nome daqueles pacientes e familiares”, concluiu Goretti Reis.
Por Assessoria Parlamentar
Foto: Jadilson Simões