O deputado Georgeo Passos (Cidadania) subiu à Tribuna, nesta quinta-feira (4), para comemorar uma vitória conquistada na Justiça quanto à disponibilização de bombeiros militares para executar serviços no Aeroporto Internacional Santa Maria, em Aracaju. O local é administrado pela operadora aeroportuária Aena Brasil.
O parlamentar explicou que a Lei Estadual N° 8.415/2018 prevê a presença de bombeiros civis no aeroporto, mas a empresa, assim que assumiu a administração, se encarregou de buscar por bombeiros militares para realizar o trabalho.
“Naquela época, a gente já denunciava isso de termos pessoas pagas pelo Estado trabalhando hoje em um equipamento que é administrado por uma empresa privada. A informação do Corpo de Bombeiros é que tinha sido feito um termo de cooperação técnica e, em posse desse documento, fomos pedir a sua nulidade na Justiça”, falou.
O Tribunal de Justiça de Sergipe acatou o pedido e condenou a Aena ao ressarcimento das despesas pagas pelo Estado com a remuneração do efetivo dos bombeiros militares. O deputado salientou ainda que o número de pessoas atuando no Corpo de Bombeiros é pequeno e deixa a desejar em alguns momentos.
“Nós já temos um efetivo pequeno em Sergipe, quando acontece determinadas situações, principalmente no interior, a gente sabe da dificuldade de uma viatura se deslocar em tempo hábil para combater, por exemplo, um incêndio em alguma cidade que não tem base, e não tem base porque não tem efetivo. Mas como é que cede mais de 30 homens para ficar à disposição no aeroporto de Aracaju?”, questionou.
As declarações ocorreram durante o grande expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe.
Consórcio do Nordeste
Georgeo Passos também relembrou os problemas envolvendo o Consórcio do Nordeste durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. Ele citou a compra de respiradores que nunca foram disponibilizados para utilização nas unidades de saúde.
Esta semana, uma das acusadas fez uma delação dizendo da participação do ex-governador da Bahia, Rui Costa, em um esquema para desviar dinheiro da aquisição dos respiradores. “A gente espera mais do que nunca que os fatos sejam esclarecidos, que Rui Costa ou qualquer outra autoridade, se fizeram alguma coisa errada, que sejam punidos porque, infelizmente, naquele momento de pandemia nós perdemos várias vidas porque não se encontrava respirador”.
O parlamentar ainda manifestou a sua vontade de que os valores pagos pelo Estado ao Consórcio sejam devolvidos.
Foto: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese
