Por Assessoria do Parlamentar
O deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe, na manhã desta terça-feira (18), para parabenizar todos os trabalhadores sergipanos que trabalharam na construção da termelétrica de Sergipe, localizada na cidade da Barra dos Coqueiros.
O deputado relembrou a dificuldade que os trabalhadores tiveram na época para serem contratados pela Celse, empresa responsável pela execução obra. “Os trabalhadores sergipanos tiveram que conquistar o direito de trabalhar na construção da termelétrica, pois a Celse estava trazendo mão de obra de outros estados”.
“Nós ouvimos homenagem ao governador, ao presidente da república, a empresa, mas ninguém lembrou dos trabalhadores sergipanos, que tiveram que lutar muito para conseguir emprego nesta obra. Eles fizeram manifestações na porta da empresa, participaram de audiência pública e tivemos até mesmo confronto com a polícia”.
Georgeo destacou que os trabalhadores se organizaram em um movimento chamado S.O.S Empregos e participaram de várias tratativas que objetivavam a contratação da mão de obra sergipana para trabalhar na obra. “Foram vários momentos que o S.O.S Emprego participou para garantir a contratação de sergipanos na construção da termelétrica”.
“Houve reuniões com a OAB, com alguns deputados estaduais que abraçaram a luta, com o próprio Belivaldo Chagas, que na época era vice-governador de Sergipe. Tudo isso para que a nossa mão de obra fosse aproveitada. Sergipe tem trabalhadores qualificados. Tanto que hoje temos a termelétrica, uma grande obra, construída e inaugurada”.
O parlamentar recordou o falecimento de Clodoaldo Santos Melo, conhecido como Barriga, que era um dos líderes do movimento S.O.S Emprego e foi assassinado na época. “Tivemos o assassinato do Barriga, que estava na linha de frente das negociações. A investigação da polícia concluiu que a morte dele teve a ver com o trabalho que ele realizou em defesa dos trabalhadores sergipanos”.
Georgeo afirmou que se não fosse à luta dos sergipanos, a termelétrica seria toda construída por pessoas de fora. “Soubemos que 70% dos trabalhadores eram sergipanos. Tudo isso só foi possível por causa da luta desses sergipanos para fazerem parte deste marco histórico. Do contrário, a termelétrica seria construída por trabalhadores de outras localidades”.