O deputado estadual Luciano Pimentel, PSB, reconheceu ontem, em pronunciamento na Alese, o que chamou de “vitória dos trabalhadores brasileiros”, que viram aprovado no plenário da Câmara Federal projeto de lei que eleva de 3% para 6% a remuneração anual dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS.
O projeto é dos deputados federais Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e Mendonça Filho (DEM-PE) e desde a primeira hora Pimentel manifestou simpatia por ele, ao ponto de ter feito um longo discurso em seu favor, na sessão de 17 de junho deste ano. Para Luciano, ir de 3% a 6% ainda não é o mais justo em favor dos trabalhadores. “Não cobre nem a inflação anual, que está próxima a 9%. Entretanto, não deixa de ser um avanço”, disse, há dois meses.
Ontem, Luciano Pimentel voltou à carga. Desta vez, e agindo pró-ativamente, está programando um encontro para o dia 4 de setembro, junto com a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB/SE -, como o objetivo de preparar terreno não só para que a matéria seja aprovada no Senado, como garantir que não sofra grandes alterações, além das já experimentadas nas comissões temáticas da Câmara, que escalonaram o aumento paulatino para até 2019.
PRIMEIRO PASSO
“Nós sabemos, desde sempre, que o Governo Federal não tem simpatias por esse projeto do FGTS. Ele só vai ter um futuro perfeito se as forças unidas dos trabalhadores brasileiros se manifestaram. Afinal, o FGTS diz respeito a 39 milhões de trabalhadores, o Governo não tem nenhuma contrapartida neste dinheiro que constitui o maior fundo provado do País, de R$ 410 bilhões, só lucra com ele e quer mantê-lo desvalorizado”, diz o parlamentar.
Luciano Pimentel é bancário com 35 anos de experiência, toda ela voltada para a Caixa Econômica, que administra o FGTS e de onde ele foi superintendente por quase seis anos em Sergipe – e se aposentou este ano. A CTB, o Sindicato dos Bancários do Estado de Sergipe e mais 41 sindicatos que compõem a base desta central, têm um pensamento alinhado ao desse parlamentar nesta questão da remuneração do Fundo dos Trabalhadores.
“Nós também achamos que a atual remuneração do FGTS é incompatível com as necessidades de uma preservação melhor dos recursos deste fundo. Hoje, estamos dando um passo na elevação dos 3% para os 6% e, quando obtivermos sacramentados estes índices ao longo dos quatro anos pactuados, trabalharemos para indexar sua remuneração aos níveis reais da inflação”, diz Edival Gois, presidente da CTB.
LESADOS
Edival Gois está trabalhando para que o ato em favor do FGTS, no dia 4 de semento, no plenário da Alese, tenha a intensa participação dos sindicatos que compõem a base da CTB. Hoje, eles são nada menos que 42 unidades sindicais, que congregam aproximadamente 300 mil trabalhadores sergipanos – só da Fetase, são cerca de 200 mil. Luciano destaca a importância do FTGS e, ao mesmo tempo, critica o desdém como ele vem sendo tratado.
Ascom Parlamentar – Dep. Luciano Pimentel (Jozailto Llima)
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