Hoje, dia 04 de maio, o município de Estância completa 168 anos de emancipação política, ou seja, de sua elevação a categoria de cidade. Mas para que Estância adquirisse o status de cidade houve um longo caminho a ser percorrido que começou no período da Colônia quando em 16 de setembro de 1621, o capitão-mor João Mendes concedeu uma sesmaria de três léguas quadradas de terras às margens do Rio Piaui, a Pedro Homem da Costa e Pedro Alves para plantar, criar gado e morar com seus empregados.
O deputado estadual Gilson Andrade, cidadão estanciano, fez um discurso emocionado sobre o seu município. “Em 1989, como médico recém-formado, fiz a opção de trabalhar no interior e escolhi a cidade de Estância, que me acolhei tão bem. Lá fixei residência onde moro até hoje e tenho muito orgulho disso”.
Histórico
Durante muito tempo, Estância foi subordinada à Vila de Santa Luzia do Rio Real, atualmente Santa Luzia do Itanhy. Só em abril de 1757, a coroa portuguesa autorizou que realizassem na povoação de Estância vereações, audiências, arrematações e outros atos judiciais na alternativa dos juízes ordinários, acontecendo assim, a separação jurídica da Vila de Santa Luzia, então em franca decadência. Depois de 74 anos, a povoação de Estância só fazia se desenvolver, pois, além da velha Capital, São Cristóvão e Laranjeiras, alcançaria notoriedade nos campos cultural, econômico e político da Província de Sergipe d’El Rei.
Para uma época em que a economia era basicamente direcionada na exportação de açúcar, Estância possuía bons portos marítimo-fluviais que a colocavam em comunicação direta com os centros mais desenvolvidos do país, Bahia e Pernambuco. Diante desse contexto em 25 de outubro de 1831, a sede da Vila de Santa Luzia é transferida para Estância, acontecendo assim um marco importante para a população da época que já aspirava esse título. Em 5 de março de 1835, é criada a sua Comarca, e finalmente pela Lei Provincial 209 de 04 de Maio de 1848, Estância é elevada a categoria de cidade ainda no império.
O município é berço da cultura sergipana, com grandes nomes de destaque: Francisco Camerino, Gurmersindo Bessa, Ministro Heitor de Souza, João Nascimento Filho, Maurício Graccho Cardoso, Gilberto Amado; os artistas plásticos e escultores: José de Dome, Eraldo Lima, Félix Mendes, Judite Melo e tantos outros.
Por Camila Ramos – Agência Alese de Notícias