Na tarde de hoje, 16, o governador Jackson Barreto recebeu das mãos da presidente da Frente Parlamentar em defesa das Mulheres, deputada estadual, Goretti Reis a minuta sobre o projeto Patrulha Maria da Penha para que seja implantada em Sergipe. A convite da parlamentar participaram do encontro a vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, Valdilene Martins, delegada Mariana Diniz, vice-presidente do Cofen, Irene Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Enfermagem Forense (ABE Forense) Zenaide Cavalcanti e a vice-presidente da ABE Forense, Talyta Mecenas e o deputado estadual, Garibalde Mendonça.
Para o governador Jackson Barreto que ouviu a explicação de todas as participantes a Patrulha é uma forma de atenção especializada bastante objetiva às mulheres vítimas de agressão e que, na verdade estão na busca de proteção. “Na hora que ela denúncia é evidente que o agressor se sente ofendido e a partir desse momento precisa de uma proteção maior e essa Patrulha dará essa proteção. Vamos colocar nas mãos do chefe da Casa Civil, Belivaldo Chagas e do secretário da Segurança Pública para uma análise. O Governo tem todo o interesse em contribuir nessa luta contra a violência da mulher. Eu nunca tinha visto tanta violência contra a mulher como em 2017. É preciso ações mais efetivas, mais duras nos direitos das mulheres”, ressaltou o governador.
A coordenadora do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis, delgada Mariana Diniz lamenta o alto índice de violência contra a mulher. “É uma realidade triste. O número de denúncia é alto e não condiz com a realidade. Muitos casos são subnotificados. Tudo que venha a encorajar a vítima, a dar um suporte para que denuncie e mantenha a denúncia é muito importante. Sem dúvida, o patrulhamento da Maria da Penha será um avanço, uma conquista. Fará com que se sintam mais seguras e realmente dará mais segurança a vítima. Em 2017 foram registrados 2500 Boletins de Ocorrências, infelizmente um numero alarmante. Com certeza a Patrulha contribuirá para a redução desses dados”, disse a delegada.
“A Patrulha contribuirá e muito no enfrentamento contra a violência doméstica e familiar contra a mulher porque além do trabalho ostensivo de controle das medidas protetivas, do cumprimento dessa medida, também tem um caráter preventivo porque inibe futuras condutas de homens que queiram, que pensem em agredir. Então ele pensará duas vezes ao ver aquela Patrulha passando. Percebe que está atuando e que tem a presença efetiva do estado protegendo aquela mulher em situação de violência”, explicou a Valdilene Martins.
“Esperamos que o Governo realmente abrace essa ideia e implante pelo menos em uma região de nosso Estado. Não tenho dúvida, pela experiência de alguns estados que já implantaram, a exemplo do Rio Grande do Sul, que em 5 anos atendeu 145 mil mulheres. Queremos fazer a prevenção e a promoção na questão de ter um dado a mais estatístico do feminicídio. Muitas vezes, mesmo com a medida protetiva que determina um raio de distância da vítima, sabemos que em alguns momentos ele descumpre e acaba abusando e praticando outras agressões, muitas vezes chegando ao extremo, a morte. A Patrulha vai dar uma maior segurança e proteção a essa vítima que ao saber que a qualquer momento que precise, ao ligar, essa Patrulha irá em sua residência para amparar e proteger. Com isso ganha toda a sociedade, em especial as mulheres que precisam se sentir seguras e amparadas pelo poder público para que façam a denúncia. Infelizmente os nossos dados estatísticos são vergonhosos e sabemos que ainda é bem maior do que os que estão disponíveis nos nossos sistemas de informação. A Patrulha vem para dar proteção e garantia para que as mulheres se sintam empoderadas para que exerçam seu direito de igualdade”, explicou Goretti Reis.
Texto e foto: Ascom Parlamentar