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Em sessão plenária, Gualberto rebate Carta Aberta da Adepol

O deputado Estadual Francisco Gualberto, do PT, utilizou o Grande Expediente da Casa Legislativa de Sergipe (Alese) para rebater carta tecida pela Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol) no último dia 28, a qual foi lida da tribuna,  na íntegra,   pelo então deputado Estadual  Georgeo Passos, durante a  realização da Sessão Planária da tarde de hoje, dia 30 de abril.

Na carta,  a  Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Sergipe (Adepol/SE) fez  uma  avaliação do plano de ação para a segurança pública anunciado pelo governador Belivaldo Chagas no último dia 13 de abril.

No texto da Carla Aberta da Adepol, a seguinte redação : “A direção da entidade, primeiramente, não interpreta as medidas anunciadas como parte de um plano cientificamente elaborado, com metodologia, mas sim como um conjunto de ações isoladas, sem conexão lógica e que não irá atender a expectativa da sociedade.

Para a Adepol, a formatação de um plano para a segurança pública deveria passar, necessariamente, antes de tudo, por um planejamento que exigiria análise dos indicadores escolhidos, definição de metas claras e prazos definidos. Diante das medidas que foram anunciadas, percebe-se que essas premissas não foram estabelecidas. Ao assumir o governo, Belivaldo Chagas disse que priorizaria as áreas da segurança pública e da saúde. A expectativa gerada na sociedade foi grande. Mas na oportunidade em que se divulgou quais seriam as providências, o que se viu foi mais do mesmo. O anúncio do funcionamento de onze delegacias plantonistas no Interior seria a grande novidade? 

Vendeu-se a ideia de que tanto a Polícia Militar, quanto os cidadãos seriam menos sacrificados nas hipóteses de ocorrências criminosas nos dias e horários em que as delegacias municipais estão fechadas. Até o mês de abril, das segundas às quintas-feiras, a partir das 18 horas, apenas a Delegacia de Itabaiana permanecia aberta para atendimento.  Da informação passada pelo governador Belivaldo Chagas durante a coletiva do dia 13/04, inferiu-se que de maio em diante, o número de delegacias plantonistas saltaria de um para onze no Interior do Estado. No entanto, com o conhecimento da escala, não foi isso que se viu”.

Diante do exposto em carta, deputado Gualberto justificou às medidas do Governo do Estado.   “Eles dizem na carta, que apenas metade das delegacias que deveriam funcionar como plantonistas  estão funcionando. Ora, se nesses dias, só metade estão funcionando, significa que a intenção do governo é que todas as delegacias prometidas passem a funcionar. Agora, isso é uma coisa.  Outra coisa é a vontade política do delegado. Pois há delegados que diz que é contra. E se é contra a esse plano, ocorre a colocação de dificuldades para que não se aconteça. Ou nós aqui não sabemos que no serviço público tem estados dentro do Estado, tem governos dentro do Governo?”, indagou o parlamentar, asseverando que se os delegados não  quiserem, não acontecerá, mesmo com a vontade do governador. “O governador não pode dizer isso nesse tom, mas eu posso”, assegurou sua posição, Gualberto.

Para o deputado petista,  às causas da violência, precisam ser combatidas.  “Estamos combatendo a violência, e não às causas da violência. Será possível que o pai amanheça o dia com dois filhos querendo pão, e tenha a mesma comportamento de quem está comendo caviar? Afim de contribuir com a segurança pública do Estado, determinadas cartas precisam ser mais abrangentes, mais inspiradas, e mais sinceras, pois só com essa discussão não vai.  Apenas como operário, nem sou especialista na segurança, e nem estou defendendo o governo, apenas estou fazendo uma análise”, disse o parlamentar.

Para Gualberto, há uma conjuntura social para a violência. “Se a sociedade continua aumentando o grau de violência, nós podemos até exigir e conseguir o número de policiais, mas  estamos combatendo a lógica da violência, e não combatendo às causas da violência”, analisou Gualberto.

Francisco Gualberto finalizou sua explanação dizendo que a Carta da Adepol precisa ser mais ampliada.  “A carta precisaria ser mais generosa, mais consciente, e talvez não tão mesquinha  como tenta ser na colocação das aberturas das delegacias”, concluiu.

Por Agência de Notícias Alese – #REDEALESE

Foto: Arquivo da Agência de Notícias

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