Por Kelly Monique Oliveira – Rede Alese
O deputado estadual Dr. Samuel Carvalho (Cidadania 23) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) na manhã desta quarta-feira, 27, para reafirmar apoio a instalação da CPI Lava Toga proposta apresentada pelo senador sergipano Alessandro Vieira (Cidadania 23), que conseguiu 29 assinaturas no Senado Federal, mas que foi rejeitada.
Na ocasião, o parlamentar explicou que o parecer da Consultoria Legislativa do Senado considerou a CPI inviável, alegando que todos os pontos propostos para serem investigados pela comissão esbarrariam na atividade-fim do Poder Judiciário.
“Não vejo problema à instituição da CPI Lava Toga porque não vai influenciar na questão da tripartição dos poderes. A CPI não quer criar embate, mas restaurar a autonomia dos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo. O próprio Senado reconheceu que havia número suficiente para a instalação da comissão”, declarou.
Dr. Samuel explicou que a tripartição é uma ferramenta importante para fazer contraponto, freio e contrapeso em situações que estão acontecendo no Judiciário e precisam ser apuradas.
“Ouvi aqui, que existe uma cobrança dos políticos, que Bolsonaro articule sobre a questão da previdência. Eu não entendi essa questão de articular se ele é Executivo! Porque ele tem que articular a aprovação de uma casa que é autônoma e independente?”, questionou.
O parlamentar continuou dizendo que a casa legislativa não é subserviente a nada. “Somos um poder autônomo, independente e que precisamos de respeito. O Executivo não pode deitar e rolar nas casas legislativas e nem na Câmara Federal”, frisou.
O parlamentar afirmou também que é preciso entender as tripartições para evitar o que sempre ocorreu no Brasil, como: mensalão, mensalinho e outras formas de corrupção. “Nosso país está desse jeito, justamente por causa dos esquemas de corrupções para aprovar projeto de lei. Dá a entender sobre essa questão do presidente conversar com a casa que é para rolar os cargos de comissão, esquemas em ministérios ou liberação de recursos públicos. Os tempos são outros e o povo brasileiro espera ter uma Câmara Federal autônoma, independente e que pense no bem do país”.
Foto: Jadilson Simões