Na manhã desta sexta-feira (23), a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) fez a entrega da Medalha da Ordem do Mérito Parlamentar à Maria Wilma Silva – Mamet’u Orodomim Yalorixá, em Sessão Especial de autoria da deputada estadual pelo Partido dos Trabalhadores, Ana Lula, pelo reconhecimento aos trabalhos realizados junto à sociedade sergipana. A medalha é a maior condecoração da Casa Legislativa. A solenidade reuniu familiares, amigos, comunidade do Bugio, filhos e filhas de outros terreiros de Candomblé de Aracaju e autoridades.
Para deputada Ana Lula, Mãe Wilma é um exemplo verdadeiro do respeito às crenças religiosas. “Querida e respeitada em sua comunidade não apenas por candomblecistas, mas também por católicos e evangélicos. A excelente relação com o entorno do terreiro é fruto de sua postura ética e carinhosa para com aqueles que necessitem de ajuda espiritual e material”, justificou
Para a homenageada, a medalha significa alegria e reconhecimento. “Uma emoção inesquecível , ainda mais quando não se espera, vai ficar eternizada na minha vida, na vida dos meus filhos e netos”, disse Mãe Wilma.
Mesa
A Mesa Diretora foi composta pelo presidente e deputado estadual, Luciano Bispo (MDB), pela delegada de polícia do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis de Aracaju (DAGV), Dra. Meire Mansuet, a professora Ângela Melo, representando a Central única dos Trabalhadores (CUT), a secretária da Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), representando o Governo do Estado, Belivaldo Chagas, Roseli Andrade, o vereador Zezinho do Conj. Bugio e a deputada Ana Lula.
Participaram da solenidade também o deputado estadual Capitão Samuel (PSC), o senador eleito por Sergipe, Rogério Carvalho (PT).
Um pouco sobre a homenageada
Maria Wilma Silva, conhecida como “Mãe Wilma”, é filha do casal Antônio Vieira e Raimunda Silva Vieira, concluiu seu estudos na Escola Normal, foi professora. Na infância que teve seu primeiro contato com religião africana. No ano de 1991, Mãe Wilma recebeu o Adeká (fazer/ iniciar outras pessoas), consagrando-se sacerdotisa fundando seu próprio terreiro – Abaçá Oxossi Kacilecy, chamado de “roça” pelos seus filhos da religião. São mais de 100 filhos iniciados em sua casa e cerca de 200 que não passaram pela iniciação, além de seis filhos biológicos.
Por Luciana Botto – Rede Alese
Foto: Jadílson Simões