Em 2022, foi aprovado na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) Lei Ordinária n° 9.073/2022 com a finalidade de divulgar o trabalho do tradutor e intérprete de Libras e a importância desse profissional na garantia de direitos linguísticos e de acessibilidade da comunidade surda. Ela faz referência a Lei Federal a Lei nº 10.436/2002 que reconhecem as Libras como meio legal de comunicação e expressão no país.
Em 2010, a profissão de tradutor e intérprete da Libras é regulamentada pela Lei 12.319/2010, e o profissional deve possuir competência para realizar interpretação das duas línguas, de maneira simultânea ou consecutiva, e proficiência em tradução e interpretação da Libras e da Língua Portuguesa.
O intérprete e tradutor de Libras tem, entre outras atribuições, a de efetuar a comunicação entre surdos e ouvintes; surdos e surdos; surdos e surdocegos; e surdocegos e ouvintes, por meio da Libras para a língua oral e vice-versa.
Os tradutores de Libras são os responsáveis pela converção de livros, documentos e conteúdos da língua portuguesa para a Língua Brasileira de Sinais. Já o intérprete está envolvido nas línguas sinalizadas ou faladas, ou seja, nas modalidades visual-espacial ou oral-auditiva. Além disso, estes profissionais traduzem em tempo real o que está sendo apresentado. Do mesmo modo, ele pode interpretar para a língua portuguesa o que um surdo está sinalizando, possibilitando que um ouvinte que não conhece Libras entenda o que está sendo falado.
Com a forma de manter o compromisso de acesso a informação e fortalecimento da cidadania a Assembleia Legislativa de Sergipe por TV dispõe de interpretes de Libras. Eles são responsáveis pela tradução simultânea, de programas, telejornais e também da sessão plenária como uma importante ferramenta de inclusão social e é a forma de comunicação e expressão de natureza visual-motora, utilizada pela comunidade surda.
O interprete de Libras da TV Alese Genilvado Filho atua na área há 18 anos, ele lembra que as Libras tem todos os amparos linguísticos para a realização da boa comunicação. “Através das Libras passamos os conteúdos, as informações e também as ideias e expressões. Com isso, atingimos uma população que antes não tinha qualquer tipo de acesso a informação, cultura e cidadania”, destacou.
O tradutor intérprete de língua de sinais ganhou protagonismo no cenário das políticas educacionais como o profissional, por excelência, que oportunizaria garantir acessibilidade linguística aos surdos em seu processo de educação inclusiva. Hoje, a profissão faz parte do cotidiano dos cidadãos. É possível encontrar tradutor de libras em festas, shows, museus, entre outros.
Foto de Capa – Joel Luiz