Por Wênia Bandeira/Agência de Notícias Alese
Este 22 de setembro é o Dia Estadual de Prevenção ao Uso de Drogas. A data foi incluída no Calendário Oficial do Estado pela Lei Nº 8435, de 18 de junho de 2018, com o objetivo de promover o debate sobre o assunto.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos dez anos, houve um aumento no consumo de álcool e drogas entre os jovens brasileiros. A experimentação de bebida alcoólica, na população entre 13 e 17 anos de idade, cresceu de 52,9% em 2012, para 63,2% em 2019, último dado coletado.
Destes, 47% disseram ter tido episódios de embriaguez. Os alunos da rede pública são mais afetados pelo problema (47,6%) do que entre os da rede privada (43,4%) e as meninas estão mais suscetíveis à iniciação de ingestão de bebidas alcoólicas (36,8%) em comparação com os meninos (32,3%).
O Pense também mostrou que 22,6% dos estudantes entre 13 e 17 anos já experimentaram cigarro e cerca de 13% haviam experimentado algum tipo de droga ilícita. O alto número de adolescentes pode ter se agravado desde então.
A pesquisa mostra a realidade referente a estudantes antes da pandemia de Covid-19, cujas medidas de isolamento social e distanciamento físico do ambiente escolar podem ter agravado a situação. Uma pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), realizada em 2020, mostra que 35% dos adultos entre 30 e 39 anos de idade fizeram uso exagerado de álcool.
Durante a pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que os países limitassem a venda de bebidas alcoólicas. Vale salientar ainda que dados da OMS revelam que o tabaco mata mais de oito milhões de pessoas por ano e que mais de 300 mil mortes por ano são provocadas por doenças relacionadas à ingestão de bebidas alcoólicas.
Confira os dados:
Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense)
Pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)
Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre tabaco
