Como forma de marcar a passagem do Dia do Servidor Público, comemorado ontem, 28, os deputados estaduais Ana Lúcia e Francisco Gualberto convidaram representantes de duas das centrais sindicais existentes em Sergipe, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) para ocupar a tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira, 29.
Estiveram presentes para proferir as palestras o presidente da CUT, Rubens Marques, e o diretor da CTB, Waldir Rodrigues. Servidores públicos e sindicalistas ocuparam também as galerias da Casa Legislativa para prestigiar os pronunciamentos dos diretores das centrais. O convite foi feito via por meio do Requerimento 1143/2015, aprovado por unanimidade pelos deputados estaduais.
Em suas explanações, os sindicalistas apresentaram o cenário dos trabalhadores do serviço público no Estado e lamentaram a sinalização do Governo do Estado para o parcelamento dos salários da categoria. “O servidor vive um processo de desesperança. O horizonte atual é ruim e o futuro pode ser ainda pior, pois o governo acena para a possibilidade de parcelar os salários”, declarou o presidente da CUT, Rubens Marques.
Rubens Marques, reconheceu a existência de uma crise financeira em Sergipe, mas lamentou o fato de o Governo do Estado colocar as consequências da crise sobre os ombros dos trabalhadores. “Não se sai de uma situação de crise sem o ajuste, mas o único ajuste que o governo quer fazer é nas costas dos servidores”, declarou, ressaltando que algumas das medidas possíveis para reduzir os impactos da crise é fundir secretarias e reduzir o número de cargos em comissão.
A deputada estadual Ana Lúcia destacou as distorções salariais existente no poder público. “A gratificação de auxilio moradia dos juízes é superior aos salários de mais de 80% dos professores que estão na sala de aula e é equivalente à remuneração de um professor doutor da rede estadual que já tenha cerca de 15 anos de carreira”, lamentou a deputada.
Em seu discurso, a parlamentar destacou ainda que a concepção de Estado Mínimo, que vem se fortalecendo com o crescimento da direita no país, afeta diretamente a vida da população. Para a parlamentar, as medidas saneadoras da crise não conseguem a aprovação do Congresso Nacional, e este mesmo congresso vem aprovando leis que prejudicam a maioria da população e influenciando na economia do país. “E isso reflete no servidor público, pois nós somos pagos pelo Estado, pelos tributos e por aquilo que se arrecada”, explicou.
Transparência
Ao destacar a necessidade de fortalecer os instrumentos de transparência dos recursos públicos, o presidente da CUT propôs a realização de um seminário sobre o tema e sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal. A proposta é que a atividade conte com a presença de representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Tribunal de Conta, do Ministério Público, da Alese e do Movimento Sindical. “Nós temos relatórios fiscais e dados econômicos que vão numa direção contrária ao que o Governo do Estado diz”, declarou Rubens.
Fonte: Ascom Parlamentar – Dep. Ana Lúcia (Débora Melo)