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Dia da Sergipanidade é celebrado em evento na Elese

Por Wênia Bandeira/Agência de Notícias Alese

24 de outubro não é só mais um dia no calendário. Seja nascido ou adotado por Sergipe, quem mora neste estado sabe da importância desta data que celebra o Dia da Sergipanidade. Este é um sentimento que demostra o orgulho de pertencimento a esta terra, seja em qual dos 75 municípios que a compõem.

Coral da Alese, Corales

São diversas as manifestações culturais realizadas por estas cidades e o estado ainda se destaca por sua gastronomia, com comidas típicas como beijus e bolos de puba, entre outros. A data chama a atenção para esta diversidade e busca promover Sergipe para a visitação de turistas.

A Assembleia Legislativa de Sergipe, através da Escola do Legislativo (Elese), realizou, nesta terça-feira, um evento em alusão a esta comemoração. Foram realizadas apresentações do Coral da Alese, Corales, e dos Violeiros Vem Vem do Nordeste e de João Bezerra com repentes falando sobre a sergipanidade.

O doutor em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe, Dênio Santos Azevedo, palestrou sobre o tema. Ele explicou que a ideia é mais além do que apenas falar sobre o assunto, é mostrar como este sentimento está em cada um.

Dênio Santos Azevedo

“A sergipanidade é entendida como um sentimento de pertencimento não só dos sergipanos, mas de pessoas que vieram de outros estados e fixaram residência aqui, vivenciaram experiências todos os dias e absorveram esse sentimento. É um sentimento que mexe com a gente, que faz respeitar e valorizar a cultura e começar a entender a importância de se enxergar nesse território”, falou.

Ele destacou a necessidade de demonstrar este sentimento em todos os momentos por ter orgulho de fazer parte dele. “Muitas vezes, essa sergipanidade só aparece no conflito, as vezes alguém fala mal e a gente se pega defendendo e percebe o quanto a sergipanidade está em cada um de nós, ou quando você começa a sentir falta de coisinhas de cotidiano que você só encontra aqui”.

Se ficou difícil de entender o que isso significa, o sociólogo mostrou em detalhes o que cada um sente sem perceber: “Quem já teve oportunidade de morar em outros lugares, sente muita falta de botar o pé na areia, de comer um amendoim verde cozido, até o do som de vendedor de sarolho, pé de moleque, beijú molhado, caranguejo, de comer um picolé de mangaba, um sorvete de tapioca, um bricelet ou uma queijadinha. Isso faz a gente se perceber um quanto está envolvido nesse processo, seja na gastronomia, na música ou no artesanato, faz parte do nosso eu e muitas vezes a gente não sabe”.

Benetti Nascimento

O coordenador de Assuntos Culturais da Elese, Benetti Nascimento, acrescentou a esta lista a forma do sergipano falar. As palavras só usadas no estado faz com que possam ser reconhecidos em qualquer lugar onde estejam.

“’Oxente, mulé’, é mais ou menos assim que a gente fala, é falar dessa resenha, dessas particularidades, o nosso sergipanês. Ontem, na Praça Fausto Cardoso, durante um evento da Fecomercio, tive a oportunidade de ouvir termos e gírias sergipanas, enfim é um dia ‘bom do cabrunco’”, disse.

O evento contou com a presença de alunos do primeiro ano do ensino médio do Centro de Excelência Djenal Tavares Queiroz. O professor de arte da escola, André Luiz Santos Valença, contou que os adolescentes vivenciam a sergipanidade diariamente, mas é preciso mostrar como isso acontece.

André Luiz Santos Valença

“Quando eu pensei em trazer os alunos para a palestra foi justamente para trazer essa sergipanidade para o espaço escolar também. A cultura sergipana não é só uma sergipanidade, são várias. É riquíssima e o objetivo é mostrar essa riqueza e essa multiplicidade étnica que existe dentro do nosso estado. Sergipe é rico em cultura, nas suas diversas multiplicidades e espaços sociais. A gente as vezes acha que Sergipe é pequeno e não tem essa riqueza, então é mostrar para esses alunos para que entendam os espaços sociais e territórios que eles vivenciam, e o quanto estes espaços e territórios são importantes e ricos em cultura”, afirmou.

A aluna Lavínia Guimarães, 15 anos, comemorou quando ficou sabendo deste passeio. Ela explicou que tem muito orgulho do que é possível ver e sentir em Sergipe, por isso, contou os dias para acompanhar a palestra e as apresentações.

Lavínia Guimarães

“Eu estava muito ansiosa por essa palestra porque eu gosto muito do lugar onde eu moro, me orgulho bastante de ser sergipana, eu acho que é um estado que acolhe muito, que tem uma cultura maravilhosa, uma gastronomia muito boa de se apreciar e tem lugares bonitos para visitar”, falou.

O Dia da Sergipanidade foi instituído pela Lei Nº 8601, de 08 de novembro de 2019, de autoria do deputado Luciano Bispo.

 

 

Fotos: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese

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