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Deputados alertam para diagnóstico precoce da hanseníase

Por Aldaci de Souza

A campanha Janeiro Roxo realizada pelo Ministério da Saúde com a finalidade de alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento da hanseníase, ganhou voz na Assembleia Legislativa de Sergipe. A deputada Maria Mendonça (PSDB) vem destacando a necessidade de alertar a população a procurar postos de saúde aos primeiros sinais na pele. O deputado Dr. Samuel Carvalho (CIDADANIA), apresentou o Projeto de Lei Nº 7/2021, com o objetivo de inserir no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Sergipe, o Janeiro Roxo, mês de Conscientização, Mobilização e Combate a Hanseníase, tendo o último domingo do mês como data símbolo da campanha.

Maria Mendonça orienta as pessoas a buscar ajuda nos postos de saúde

“Ao perceber os primeiros sinais na pele, a exemplo de manchas semelhantes ao chamado pano branco e insensibilidade, as pessoas devem procurar um posto de saúde para que seja feita uma avaliação e tratamento”, disse Maria Mendonça em pronunciamento na Alese.

Para Dr. Samuel, apesar de ser uma doença milenar, muitas pessoas ainda não sabem o que é a hanseníase. “Também conhecida como lepra, a doença é uma infecção bacteriana, que pode levar a deformidades físicas. Vejo a necessidade da realização de atividades de educação em saúde com divulgação dos sinais e sintomas da doença por todos os meios de comunicação disponíveis, com o objetivo de esclarecer a população em todas as faixas etárias para o reconhecimento da hanseníase”, ressaltou ao destacar o PL de sua autoria.

Dr. Samuel diz que muitos não conhecem a hanseníase

A propositura ressalta que durante a realização do Janeiro Roxo o Estado de Sergipe poderá promover ampla divulgação da campanha, valendo-se das ações integradas da Secretaria de Saúde. “Para regularidade e longevidade dos efeitos e objetivos desta lei, o Janeiro Roxo deve ter o símbolo de um pequeno laço de cor roxa, sendo anualmente incentivada a iluminação ou decoração voluntária da parte externa de prédios públicos ou privados, com luzes ou faixas nessa cor, também a título de simbologia”, destaca o texto. 

Casos

Manchas sem sensibilidade são sinais da doença (Foto: Divulgação SES)

Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil é o segundo país com maior número de casos de hanseníase no mundo, perdendo apenas para a Índia. Com o objetivo de conscientizar a população sobre a doença crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode afetar pessoas de todas as idades, a campanha Janeiro Roxo é desenvolvida em todo o país reforçando a importância do diagnóstico precoce para evitar sequelas graves.

Em Sergipe, até julho de 2021, foram notificados 117 casos nos 75 municípios. Em Aracaju, o quantitativo foi de 71 casos ano passado, sendo que o bairro Santa Maria apresentou maior incidência. 

Manchas

Caracterizada por manchas na pele, áreas adormecidas com alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e da força muscular e dor nos nervos, a hanseníase afeta principalmente os membros superiores, inferiores e a visão. Caso não seja tratada no tempo oportuno, pode levar a incapacidade permanente. 

A doença tem cura e o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente o diagnóstico e o tratamento nas Unidades de Saúde da Atenção Primária. O diagnóstico é essencialmente clínico, com análise da história do paciente e exame a pele e dos nervos, para avaliação de áreas afetadas ou manchas (esbranquiçadas ou avermelhadas) com alterações de sensibilidade ao toque, à dor e à temperatura.

No tratamento que dura cerca de seis meses a um ano, o paciente toma a primeira medicação supervisionada no próprio posto de saúde e leva os remédios para tomar em casa.

Ações em Sergipe

O Programa Estadual de Controle da Hanseníase da Secretaria de Estado da Saúde realiza o monitoramento das ações de vigilância, prevenção de saúde e assistência integral junto aos municípios. Também realiza campanhas de educação em saúde para a comunidade em geral, apoio técnico, apoio às equipes e educação permanente com o objetivo de ampliar a detecção precoce, investigação dos contatos e tratamento dos pacientes.

A Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Aracaju), informou que equipes estão em busca de pacientes com a doença nos bairros da capital sergipana, principalmente no Santa Maria, considerado com maior índice de pobreza, falta de informação sobre a hanseníase e mais concentração de casos.

Foto: Divulgação maissauderevista.com.br

 

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