Por Habacuque Villacorte – Rede Alese
Durante a oitiva da Secretária de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS), Lêda Lúcia Couto de Vasconcelos, na manhã da quinta-feira (16), a respeito das ações de sua Pasta durante a pandemia, em mais uma sessão remota da Assembleia Legislativa, o autor do requerimento de convite, deputado estadual Zezinho Guimarães (MDB), questionou à auxiliar do Executivo sobre os indicadores sociais de Sergipe.
Zezinho agradeceu a auxiliar do governo na Pasta comandada pelo Partido dos Trabalhadores por esta ter atendido o convite, mas pontuou que há muitos anos que Sergipe vem sofrendo com “indicadores sociais desastrosos”! Segundo Guimarães “a Secretaria de Inclusão sempre está ‘estudando’ alguma coisa, mas precisa colocar as ações, efetivamente, em prática! O que foi feito pelo governo com os recursos provenientes do Fundo de Combate à Pobreza?”.
Ainda segundo o deputado, o Estado arrecada por ano mais de R$ 50 milhões com o Fundo e que, após 10 anos de sua criação, é preciso que o governo explique o que foi feito com os R$ 500 milhões. “Será que o Fundo acabou, realmente, com a Pobreza em Sergipe? O que foi feito com esse volume grande de dinheiro? É preciso estudar menos e praticar mais”, ressaltando que o combate à pobreza no Estado é carente de uma “coordenação”.
Secretária
Por sua vez, Lêda Lúcia explicou que parte (ou a totalidade) dos recursos que são depositados no Fundo não são geridos por sua Pasta, mas a Secretaria da Fazenda. Como professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), ela reconheceu que os indicadores sociais de Sergipe não são animadores, pontuando que se trata de uma questão “estrutural”. “Não se muda de um ano para o outro e eu discordo dessa coisa de excesso de estudos, quando, na realidade, não se tem estudo, tem sim que aprofundar mais”.