Por Assessoria
A Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) aprovou, em primeiro turno, na manhã/tarde desta quinta-feira, 19, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Nº 07/2019, encaminhada pelo Poder Executivo, que altera o seu artigo 30, modificando as regras para a aposentadoria dos servidores públicos de Sergipe. O deputado Iran Barbosa, do PT, votou contrário à proposta, que acabou aprovada pela maioria, sob fortes protestos dos servidores, que lotaram as galerias da casa. A PEC passará por nova votação, em segundo turno, na próxima quinta-feira, 26, quando será apreciado, também, o Projeto de Lei Complementar (PLC) N° 20/2019, também do Poder Executivo, que regulamenta a proposta e restringe, mais ainda, direitos dos servidores estaduais.
“O meu voto contrário a essa matéria é consciente e coerente com a minha história de vida, como trabalhador e como servidor que sou, e como alguém que já enfrentou esse debate sobre reforma da Previdência em outros momentos. Entendo que não dá para resolver os problemas previdenciários de Sergipe, e sabemos que eles existem, sacrificando ainda mais os servidores públicos. Não é com o suor da classe trabalhadora e dos que possuem menos na sociedade que irá se pagar a conta das crises do Estado brasileiro. Não fomos nós que criamos essas crises”, declarou o petista.
Durante as discussões em plenário, o deputado Iran Barbosa manteve as cobranças e o seu posicionamento contra a proposta. Para ele, A PEC N° 07/2019 trará consequências duras para as vidas dos servidores públicos do Estado, que mais uma vez pagarão a conta da tal crise previdenciária.
“Cada vez mais a gente vai se convencendo que a regra que está sendo implantada é a de não garantir o pacto social, firmado lá atrás, para garantir que a classe trabalhadora tenha direito a se aposentar. Entendo que essa PEC não será a medida que corrigirá o nosso sistema previdenciário. Não é apostando na redução direitos dos trabalhadores que iremos resolver esse problema. Infelizmente, os governos nunca recorrem a outras opções e, de forma cruel, cada vez mais protelam as aposentadorias e cobram mais dos trabalhadores. Não buscam nem exercitam outras alternativas”, lamentou o parlamentar.