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Deputado Gualberto defende a permanência das sessões híbridas na Alese

23/2/2022

Por Stephanie Macêdo/Alese

Durante a Sessão Extraordinária Híbrida desta quarta-feira, 23, o deputado estadual Francisco Gualberto utilizou a Tribuna para defender a continuidade das Sessões Remotas na Casa Legislativa de Sergipe (Alese). Em sua exposição, o parlamentar  também explicou que no dia de ontem, 22, ao votar a favor do Projeto do Governo do Estado que revoga o uso de máscaras em Sergipe, foi claro em anunciar os riscos que a flexibilidade, pelo não uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI), possa ocasionar.

“Não vou tirar essa máscara, e vou pedir aos amigos (colegas parlamentares) que não as tirem, que aceitem essa combinação de manter da forma como está as Sessões da Alese . Estamos perto um do outro, temos que dialogar um com o outro, portanto, o que custa ter o mínimo de cuidado? Não é exigência. Até porque tínhamos uma Lei de obrigatoriedade e nem 50% da população usava máscara”, declarou.

O parlamentar registrou que ontem ainda, pessoas agrediram fisicamente os fiscais da prefeitura a fim de entrarem no transporte público coletivo sem o uso de máscaras. Ao relatar o ocorrido, Gualberto explicou que ao votar a favor do projeto, fez ressalvas, na expectativa de o Comitê Cientifico regulamente exceções.

“A  pandemia não acabou. Ontem na votação do projeto sobre o uso da máscara, informei que vários países do mundo, com sociedade mais organizada que a nossa, estão vivendo já outra onda de contágio. A Alemanha, a China, onde começou o vírus, e está hoje lá com mais de 30 milhões de confinados. E a Georgia, que está vivendo uma desgraça total por lá. É o que disse ontem, sem ser cientista, quando começa cair o vírus, cria-se essas facilidades para que o vírus reacenda. Além do mais, tem a tradicional nova cepa e aí um novo ciclo de doença, de miséria acontece”.

Gualberto frisou que mais de 650 mil pessoas no Brasil perderam a vida com a Pandemia por Covid-19, e salientou que diferente da pandemia de Peste Bubônica (que aterrorizou a Europa entre 1346 e 1353, matando 50 milhões de pessoas),  teve pouco tempo de duração, o Brasil está na terceira posição entre os países que registraram o maior número de mortes pela Covid-19,e a pandemia ainda não acabou. “Diminuiu agora, vamos aproveitar para afundar ainda mais o vírus. Essa é a minha tese”, argumentou o deputado.

O deputado declarou que o problema com o vírus vai além do número de óbitos no país, e se concentra nas consequências do contágio. “A questão do vírus não é só os mais de 650 mil que morreram. É incalculável! Ninguém tem, talvez, a estatística sobre as consequências do vírus, há pessoas com problemas no pulmão, no cérebro, no coração. Sequelas que o médico tem dificuldade de acertar o diagnóstico. Se tem gente que quer correr risco individualmente, esse não tem direito de contaminar os outros em ambientes de necessidade”, disse, enfatizando que quem vai ao cinema, por exemplo, tem o motivo diferenciado de quem vai a uma farmácia ou consultório, que são ambientes de estado de saúde.

Sessão Híbrida

“Eu quero defender essa Casa e dizer da minha posição. Ao meu ver, só sai do Sistema Remoto quando, pelo menos, a tendência da queda de casos ficar confirmada”, defendeu Gualberto.

O deputado revelou que em  relação a Pandemia, a sua posição sempre foi contrária a do deputado Georgeo Passos. Lembra que desde o início, quando a Casa declarou a possibilidade de realização de Sessão Remota, lembrou que o deputado Georgeo participava presencialmente, quando a obrigatoriedade era da Mesa Diretora, tão somente. “Eu não vim um dia, fiquei remotamente como todos ficaram. E disse e repito, nenhum prejuízo houve para a sociedade, pois todos os projetos que eram preciso de serem votados, foram votados e continuam a ser”, expôs.

Ao falar sobre sua defesa pela continuidade do Sistema Remoto nas Sessões da Casa, salienta que a volta das Sessões presenciais só devam ocorrer com a confirmação do fim da pandemia.

“Eu quero defender essa Casa e dizer da minha posição. Ao meu ver, só sai do Sistema Remoto quando, pelo menos, a tendência da queda de casos ficar confirmada, pois não é o fato de ter o número menor hoje de casos, que significa que daqui a quinze dias é a mesma coisa. Ninguém pode dizer isso! Eu escuto muito o pessoal do Observatório da Universidade (UFS), eles fazem tendências e acertaram todas. Com certeza absoluta, após esse período em que não vão usar máscaras, o  grau de contaminação vai aumentar”, considerou Gualberto.

O deputado continua sua observação sobre as consequência do não uso da máscara. “Se o vírus é transmitido pelo ar, pela respiração, pela saliva, e como vamos ter um ônibus  cheio de pessoas sem máscaras e um contaminado não vai contaminar mais do que se ele tivesse com máscaras. Tem algum idiota aqui? Essa tese do negacionismo nós enfrentamos de forma direta. Se depender desse operário, consulta-se cientistas, infectologistas. Se está confirmada a queda, de fato, e não é uma situação temporária, é uma coisa. Mas, pelo simples fato de apenas uma queda?” ,avaliou.

Sobre a restrição da entrada da população nas galerias do plenário no dia de ontem, o deputado Francisco Gualberto esclareceu diferenças entre a questão do controle sanitário nas dependências do Plenário, e a necessidade do policiamento do momento, frente a uma forte manifestação popular concentrada na sede do Poder  que protestavam contra os projetos do Governo do Estado. Nesse momento, chamou a atenção do deputado Georgeo Passos sobre a questão:

“Agora deputado Georgeo, o problema é que o sentimento do artista, seja ele do teatro ou da música, ou seja ele de ser  apresentar, fazer um espetáculo, esse sentimento é real: se ele tiver público, ele fica mais entusiasmado. Se não tiver público, é como se tivesse no estúdio, mas os efeitos da música é o mesmo. Se ele for desafinado, desafina no estúdio e desafina com o público. Se ele for afinado, é afinado no estúdio e perante o público. E se ele for mal intencionado fora do público, ele é mal intencionado também junto ao público, essa é a diferença”, argumentou Gualberto.

Ele continua: “Quase 6.400 sergipanos perderam a vida em  dois anos pela mesma doença, a Covid-19. Deputado George, o senhor conhece outra doença que matou mais de 6 mil sergipanos em dois anos? Quem conhece? Quer dizer que a vida do ser humano é pra ser jogada na análise da vala comum?  Eu quero que tenha público na galeria”. Não importa se aqui alguém vai contaminar ou não. Não importa se aqui tem pessoas com comorbidade ou não. Agora, interessante, o Congresso Nacional é misto”, apontou.

O deputado frisou ainda que a sua assessoria levantou uma pesquisa ontem mesmo, e o número de nove estados brasileiros continua com a realizar a Sessão Mista. “Eles fizeram a pesquisa e quando já estava no nono estado, eu ali já pedi para parar.  Deputado Georgeo, Vossa Excelência queria fazer o espetáculo aqui, que acho legítimo, é o espetáculo da política, mas não queria fazer sem o público? Não era só o senhor que estava sem público, todos nos somos do espetáculo da política”, disse.

“Uma coisa é a Assembleia está protegida pela polícia com o intuito antidemocrático, aí é um estado intolerável. Agora, outra coisa é ter proteção para que evite acidente. Pois os tomates e as pedras estavam aqui, preparadas para serem lançadas nos deputados. Nem estou falando de coisas normais do movimento, protestos, queimada de imagens, isso é coisa da Democracia. Mas, agressão física,  repressão ao cidadão, eu não admito! Então, o presidente chamou o policiamento para evitar o confronto. Se tivesse uma invasão aqui não teria sessão ontem. Eu defendo essa Casa  e vou defender até o último dia”, esclareceu o deputado às circunstâncias.

Ele concluiu a sua fala no Parlamento explicando ainda que o policiamento foi circunstancial e não um ato antidemocrático. Salienta que numa perspectiva de ocorrência de confronto, o Estado é convidado para arbitrar, sendo a polícia o  instrumento oficial.

” Agora, se fosse uma defesa política, de que a Alese fosse cercada de policiais para evitar o povo, que não foi esse o caso. Não era política. A  circunstância era especial, era de preservação da vida, da integridade das pessoas, e até  dos servidores que estavam fazendo suas reivindicações”,  concluiu.

 

Foto: Jadilson Simões

 

 

 

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