Por Habacuque Villacorte – Rede Alese
O deputado estadual Zezinho Guimarães (MDB), comentou na sessão dessa quinta-feira (4), a exposição feita, no dia anterior, por membros da diretoria do Banco do Estado de Sergipe (Banese) que foram até a Assembleia Legislativa, a convite do deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania), para explicar as ações da instituição durante a pandemia do novo coronavírus (COVID-19).
Para Guimarães a diretoria do Banese “deixou claro” para os deputados estaduais que “o Banco não deseja correr riscos em hipótese alguma com ajudas e empréstimos! Isso tanto para os empresários sergipanos como para o funcionalismo público em geral. O Banese não quer fazer, absolutamente, nada! Quer esperar passar a pandemia, guardar o dinheiro e as ajudas para aplicar com quem sobreviver. Isso ficou claro para mim, o banco tem suas estratégias e eu respeito”.
Em seguida, Zezinho Guimarães pontuou que o administrador maior do banco está decidido a não correr riscos e que dos R$ 50 milhões do fundo de aval que o Estado alavancou, só emprestaram cerca de R$ 1 milhão. “Vi que vários colegas deputados perguntaram a mesma coisa e, no fim, não entenderam nada! O banco não quer correr riscos de crédito mínimo ou zero. O que me preocupa é que ninguém perguntou porque no só no primeiro trimestre do ano o lucro do Banco já caiu 12%, mas o da empresa selecionada só aumentou”.
Mais adiante o deputado o Banese continua dizendo que as operações saem em cinco dias, mas que ele conhece clientes, que até o procuraram recentemente, que estão esperando há mais de 70 dias por um crédito com garantias. “São pequenos empresários que atravessam dificuldades e não conseguem o crédito! Para mim ficou claro que o Banese não quer fazer nenhuma operação que possa envolver qualquer tipo de risco”.
Por fim, Zezinho Guimarães pontua que “vão esperar setembro, outubro ou novembro para ajudar quem sobreviver até lá! Falam em normas como se apenas o Banese tivesse que obedecê-las! Deixo a avaliação para o acionista numero 1! Se ele concorda, paciência! Aí ninguém pode fazer absolutamente nada”.
Foto: Júnior Ventura