Por Habacuque Villacorte
O líder do governo na Alese, deputado estadual Zezinho Sobral (PODE) participou da sessão remota da Assembleia Legislativa, na manhã dessa quarta-feira (10), para cobrar uma medida da UNALE (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais) no sentido de apresentar uma proposta à Reforma Política que tende a ser apreciada pelo Congresso Nacional até setembro, visando as eleições do próximo ano.
Zezinho Sobral que a Alese é um Casa política e que, como legítimos representantes do povo, os deputados estaduais do Brasil inteiro precisam ser ouvidos na formulação de uma nova legislação eleitoral. “Até para que não venham a ser surpreendidos com decisões açodadas. Nós temos que apelar para que a UNALE, nossa representação nacional, promova uma reunião ampla com os deputados estaduais de todo o Brasil no sentido algo seja proposta à Reforma”.
Para o líder do governo sergipano é preciso que se busque um canal de interlocução com os deputados federais antes que as propostas sejam discutidas e votadas no Congresso Nacional. “Esse assunto das eleições do próximo ano eu já tenho tratado aqui. Falei de alguns prefeitos que já avançam nas expectativas de fortalecerem seus candidatos a deputado, estadual e federal, chegando a esquecer de suas próprias responsabilidades com seus munícipes”.
“Já ouvimos informações de que teremos uma mudança no formato das eleições do próximo ano em relação ao que tivemos em 2020. Não tivemos coligações proporcionais, mas alguns partidos conseguiram eleger vereadores mesmo sem atingirem o coeficiente eleitoral. Existem projetos de lei tramitando no Congresso vão exigir que os partidos atinjam esse coeficiente em 2022, para elegerem deputados estaduais e federais”, completou Sobral.
Zezinho alertou para a possibilidade das “sobras” serem desconsideradas no próximo ano, além da tendência da eleição proporcional ser por voto distrital, distrital misto ou distritão. “No caso do distrital misto vai dividir o Estado por distritos, considerando a quantidade de vagas para federal. Aqui em Sergipe seriam oito distritos, com um eleito pelo voto e outro pela lista; já no distritão seriam os 24 deputados estaduais mais votados, sendo que o Estado seria dividido em 24 distritos e cada um elegeria seu representante, sem um concorrer com o outro distrito”.
Por fim, Sobral reforçou a necessidade de uma participação mais efetiva da Unale neste sentido. “Estamos em uma Casa política e temos que acompanhar a tramitação dessas resoluções também. A Unale precisa fazer uma reunião ampla para a gente consensuar uma proposta para os deputados federais e partidos políticos, caso contrário, poderá vim para cá uma Reforma Política que até setembro nos pegará de forma açodada, que venha a nos surpreender”.
Foto: Joel Luiz