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Deputada pede ações para proteger o rio Japaratuba

A mobilização popular para proteger a bacia do rio Japaratuba levou a deputada estadual Ana Lúcia a chamar a atenção para os problemas enfrentados pelo rio. De acordo com a parlamentar, o dia 30 de agosto marca a criação da bacia do Japaratuba, lembrada pelo SOS Rio Japaratuba e Fórum Popular em Defesa do Rio Japaratuba com diversas atividades. “A data marca toda a luta em defesa da bacia mais degradada entre as todas as bacias hidrográficas de Sergipe. Hoje à tarde militantes e ambientalistas darão um abraço na foz do rio Japaratuba e à noite teremos uma debate na Câmera de Vereadores, com palestras”.

Ana Lúcia disse que a bacia do Japaratuba percorre dezoito municípios sergipanos, tornando-se um rio importante para a população sergipana, para a economia, para a cultura e para as condições sociais de seu povo. “Hoje à noite teremos um bom debate na Câmara Municipal”, observou Ana Lúcia, que anunciou para o dia 15 de setembro, na Assembleia Legislativa, no grande expediente, um debate com pesquisadores sobre o Japaratuba, discutindo com mais detalhes a degradação da bacia.
Classificada como a principal bacia de Sergipe, o Japaratuba responde por aproximadamente 7% da área total do estado. Apresenta atividades geradas pelo homem de elevado potencial causador de impactos sobre os recursos hídricos e solos, tais como extração mineral e atividades agropecuárias.
Na extração mineral destaca-se o Campo Petrolífero de Carmópolis, o maior do país em terra firme, com área superior a 150 km2, abrigando mais de 1.200 poços. No setor agropecuário se observa o avanço da cultura da cana-de-açúcar em diversas partes da bacia, principalmente em sua porção oeste, além da utilização histórica de grandes áreas para pastagens em sua porção centro-norte. Sinais de degradação da qualidade ambiental nos corpos hídricos da bacia do rio Japaratuba já são evidentes, como o assoreamento em vários pontos, com redução de calhas; queda da qualidade da água pela presença de nutrientes e redução da diversidade biológica e eliminação da vegetação ciliar, contribuindo para a erosão das margens.

 

Texto: Dilson Ramos

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