Em seu pronunciamento na manhã de ontem, 6, na Assembleia Legislativa, a presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher, deputada estadual Goretti Reis, falou sobre suas solicitações ao governo do estado, através das Indicações 66 e 67/2017, a viabilização, através das Secretarias da Segurança Pública (SSP), da Mulher, Inclusão, Assistencial Social do Trabalho e dos Direitos Humanos, para a implantação, na rede de atenção à vítima de violência doméstica da ‘Patrulha Maria da Penha’ e através também da Secretaria de Segurança Pública no Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis, (DAGV), da Polícia Civil de Sergipe o serviço de atendimento aos homens autores de violência, como parte da política de enfrentamento à violência de gênero.
A parlamentar falou sobre a realização de um dos desdobramentos desses trabalhos que foi o I Seminário Tecendo a Rede: Atenção a autores de violência de gênero que aconteceu nos dias 30 e 31 de março desse ano, no auditório do Ministério Público de Sergipe e reuniu mais de 500 pessoas, e no desdobramento das atividades foi solicitada uma política em Sergipe que crie um fluxo de monitoramento e encaminhamento também para o atendimento do agressor da violência. “Infelizmente essa semana tivemos o acompanhamento de mais notícias trágicas de violência com morte de mulheres. Um caso na cidade de Siriri e outro na capital, o que comprova o quanto é importante ter essa prática de atendimento ao agressor, como também a Patrulha Maria da Penha. Essas indicações têm como objetivo fazer com que, através da SSP, seja implantada a Patrulha Maria da Penha como um dos serviços da rede de atendimento às mulheres em situação de violência, com isso ocorrerá um maior controle, não permitindo que o agressor se aproxime da mulher e venha vitimá-la como temos visto, infelizmente, em pleno século XXI.
A deputada reafirmou a necessidade da implantação dessas políticas públicas. “Tenho certeza de que com a sensibilidade do Seminário, que contou com a participação de mais de 30 municípios, através dos CRAES e das próprias secretarias dos municípios, sem custos e com os próprios servidores que já estão dentro do serviço, em suas cidades. É preciso formalizar, através da DAGV, saber para onde encaminhar e para qual serviço que agressores e vítimas podem encontrar o auxílio necessário. Essa política de funcionamento em Sergipe não é questão de priorizar esse homem agressor, e sim fazer com que ele receba acompanhamento psicológico para que mude sua conduta e não reincidir a violência com outra mulher. Essa é a política que esperamos que seja implantada em nosso estado”, explicou Goretti.
Sobre a Patrulha Maria da Penha
Envolve uma ação integrada entre a Polícia Militar, judiciário, estado e prefeituras. O serviço visa prestar acompanhamento às mulheres que já receberam medidas protetivas pelo Juizado da Violência Doméstica e Familiar determinadas pela Lei Maria da Penha com visitas periódicas da Policia Militar, como um dos serviços da rede de atendimento às mulheres em situação de violência.
Assessoria de Imprensa do Parlamentar
Foto: Jadilson Simões