Por Stephanie Macêdo
A criação e implantação da estrutura física da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) foi tema da reunião que aconteceu na manhã desta segunda, 01 entre o Secretário de Justiça de Sergipe, Cristiano Barreto e o presidente da Alese, deputado Luciano Bispo. A discussão contou também com a participação de integrantes do Conselho Penitenciário de Sergipe (Copen/SE) e do Conselho da Comunidade da Execução Penal.
De acordo com o Secretário de Justiça, a criação da APAC em Sergipe visa funcionar de acordo com que estabelece a Lei de Execução penal do país. “É uma alternativa para humanizar a execução penal e o tratamento penitenciário”, explicou Cristiano Barreto. O método socializador da APAC espalhou-se por todo o território nacional (aproximadamente 100 unidades em todo o Brasil) e no exterior.
Segundo o conselheiro do Copen de Sergipe, delegado Ronaldo Marinho, a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que se dedica à recuperação e reintegração social dos condenados à penas privativas de liberdade, bem como socorrer a vítima e proteger a sociedade. Opera, assim, como uma entidade auxiliar do Poder Judiciário e Executivo, respectivamente na execução penal e na administração do cumprimento das penas privativas de liberdade.
“A APAC trabalha com um método de Humanização do Sistema Penitenciário reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e há unidades em outros países. No Brasil, o método já funciona em vários estados como Minas e Maranhão”. O delegado destacou ainda a vantagem sobre o custo. “Enquanto no sistema penal comum, o custo com o apenado é de R$ 4.500 ao mês, o custo de um condenado através da APACA é de cerca de R$ 1.500/mês. Ele ressaltou ainda que além do custo, o condenado tem a tendência de sair mais recuperado das práticas ilícitas que realizava. “Eles têm reincidência do crime muito baixa. No sistema comum, a cada 10 pessoas que são presas, sete a nove voltam a delinquir após o cárcere. No método adotado na PAC, esse índice não chega a 10% , é como se de 10 pessoas presas, apenas uma volta a reincidir. A APAC visa matar o criminoso e salvar o homem”, declarou.
De acordo com o presidente do Conselho da Comunidade penal, Erivaldo Vieira dos Santos, o objetivo da associação é gerar a humanização das prisões, sem deixar de lado a finalidade punitiva da pena, a partir de uma disciplina rígida, caracterizada por respeito, ordem, trabalho e o envolvimento da família do sentenciado.
Também participaram da reunião, os deputados Zezinho Sobral e Capitão Samuel, e ainda, a presidente do Conselho Penitenciário de Sergipe, Ana Célia Gomes da Silva, e o subsecretário-Geral da Mesa Diretora da Alese, Igor Albuquerque.
Fotos: Joel Luiz