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Congresso em Pauta debate novo Auxílio Brasil

8/2/2022

Por Kelly Monique Oliveira/Alese

Aprovado no final do ano passado, o novo Auxílio Brasil foi instituído por Medida Provisória 1.076 de 2021, publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de dezembro do mesmo ano. Após o auxílio emergencial, que começou a ser pago durante a pandemia, o Auxílio Brasil é um benefício que substituiu o Bolsa Família, com algumas alterações. 

O programa Congresso em Pauta desta terça-feira, 8, exibido pela TV Alese, canal 5.2, convidou a assistente social e ex-ministra de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, e o economista Neidázio Rabelo, para explicar como funcionará. 

A assistente social, Márcia Lopes, destacou que antes 80% das famílias do Programa Bolsa Família trabalhavam ou tinham alguma renda, e que o valor repassado pelo programa  apenas a complementava. “Hoje, a realidade mudou. Vivemos uma crise econômica, social, política e de muito desemprego. Temos 73 milhões de pessoas, pelo menos, em situação de desemprego e que precisam da renda para assegurar suas necessidades básicas fundamentais. Então, qualquer programa de transferência de renda é importante em um país de tamanha desigualdade como é o nosso”, observou a técnica.

Márcia Lopes enfatizou ainda que a decisão política de um Governo Federal, Estadual ou Municipal é decisiva. “Quando os governos têm compromisso e responsabilidade, as políticas públicas são viabilizadas. Tive a honra de coordenar a implantação do Sistema Único de Assistência Social no Brasil como uma política pública que integra benefícios de renda e serviços de assistência nos CRAS, CREAS e outros. Portanto, não há dúvidas que as transferências de renda são importantes, inclusive, impactam na economia dos municípios”, declarou.

A assistente social explicou que existe um embate na mudança do Programa Bolsa Família, tendo o Auxílio Emergencial no meio, para o Auxílio Brasil. “Temos hoje um conjunto de famílias brasileiras absolutamente excluídas. O que estamos assistindo é um Brasil que voltou para o mapa da fome. Por isso, com base nas pesquisas, quase 119 milhões de pessoas não se alimentam adequadamente e temos 25 milhões de pessoas passando fome. Em Sergipe, temos 1,5 milhão de pessoas pobres que precisam ter acesso a essa renda, como também a serviços de proteção. O Brasil tem uma dívida social grande, pois temos 30 milhões de famílias no CadÚnico, ou seja, famílias que ganham até meio salário-mínimo por pessoa”, lamentou Márcia Lopes. Ela acrescentou que Aracaju tem 130 mil famílias atendidas pelo Auxílio Emergencial. Sendo que dessas, 36 mil estão atendidas e 94 mil ficaram de fora.

O economista Neidázio Rabelo avaliou que com relação ao Auxílio Brasil existe, no futuro da humanidade, uma deficiência na criação de emprego. “As novas tecnologias e as novas formas de se fazer negócio estão eliminando etapas e também tirando pessoas da condição de empregabilidade. As ajudas sociais não podem ser vistas como esmolas, mas como integração social. Temos que ter uma visão do auxílio como alavanca social para que se possa fazer um trabalho social e de política pública juntos”, colocou o economista.

De acordo com estudo produzido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), coordenado pelo economista Fábio Bentes, 26% do valor pago pelo Auxílio Brasil, provavelmente será aplicado com dívidas contraídas anteriormente. Sobre essa questão Neidázio Rabelo, explicou que as pessoas estão usando parte do benefício para negociar dívidas. Na negociação tem benefícios que diminuem essas dívidas. A pessoa limpando o nome passar a ter outros créditos como cartões e vendas parceladas que ajudam a família”, concluiu.

Foto: metropoles.com

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