Atendendo a um requerimento dos deputados estaduais Luciano Bispo (PMDB) e Venâncio Fonseca (PP), o Capitão dos Portos de Sergipe, João Batista Barbosa, ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã dessa quinta-feira (25), para fazer uma exposição sobre os segredos guardados na última fronteira do Brasil: o mar. O território submarino brasileiro é chamado de “Amazônia Azul” por conta da vasta área no fundo do mar, com dimensões comparáveis à floresta amazônica. Estavam compondo a Mesa o comandante da Aeronáutica em Sergipe, Diego Teixeira, e o Coronel Roberval leão, representante do 28º Batalhão de Caçadores do Exército Brasileiro.
Ao fazer sua exposição, o Capitão dos Portos foi extremamente didático quanto às funções desempenhadas pela Marinha do Brasil e destacou que boa parte dos brasileiros desconhecem seu trabalho. “Nosso trabalho está além do horizonte e as pessoas não veem. Ficamos longe da população. O Exército e a Polícia Federal também trabalham muito e é mais fácil de eles serem vistos e reconhecidos pelo povo. Foi graças ao mar que, lá atrás, o Reino Unido conquistou várias terras”.
Em seguida, o Capitão explicou que o território submarino brasileiro é muito vasto e que se tem pouco conhecimento sobre as riquezas que ele esconde. “A Marinha cuida da defesa da Pátria, ela impede que outra Nação tenha intenção de nos invadir, de passar sem autorização. Além disso ela controla superfície marítima brasileira. Diariamente 1,6 mil embarcações trafegam sob nossas águas”, disse, destacando a defesa da Amazônia Verde e ações sociais desenvolvidas no Baixo São Francisco.
Durante a exposição, o Capitão fez uso de diversos vídeos, sejam institucionais ou com reportagens de amplitude nacional que destacam a atuação da Marinha na Costa Brasileira. Ele explicou que o Brasil já pleiteou junto à Comissão de Limites da Plataforma Continental da Convenção da ONU sobre o Direito do Mar, o aumento dos limites de sua plataforma continental além das 200 milhas náuticas. Se aceita, a reivindicação brasileira eleva os espaços marítimos brasileiros a 4,5 milhões de km².
Por fim, o Capitão dos Portos agradeceu o convite dos deputados para a exposição e externou uma realidade financeira de dificuldades para as Forças Armadas. “Para nós é uma honra poder fazer esta apresentação, até para que as pessoas passem a ter mais conhecimento sobre o nosso trabalho. Seguimos dialogando com as prefeituras municipais sobre um sistema de gerenciamento costeiro. Infelizmente o orçamento das Forças Armadas está muito aquém daquilo que merecíamos. Precisamos não apenas manter o orçamento atual, mas ampliá-lo. Nossos meios navais, por exemplo, estão em idade avançada e necessitam de substituição”.
Por Agencia de Notícias Alese
Foto: Jadílson Simões
