O município de Canhoba completa 87 anos de emancipação política, no próximo dia 23. A história conta que a cidade foi desmembrada de Própria e Aquidabã e teve o nome escolhido em homenagem aos terrenos férteis existentes do Baixa do Canhoba.
Canhoba está inserida na bacia do rio São Francisco e tem como principais receitas a pecuária (bovinos, equinos, ovinos e suínos) e a agricultura (mandioca, milho, arroz e feijão). A religião tem lugar entre os moradores, com a Igreja Matriz construída como pagamento de uma promessa.
Inaugurada em 1889, a Igreja foi resultado da crença de Manoel Paez. Ele costumava viajar para a Amazônia e via outros morrerem após serem picados pelo mosquito Aedes aegypti. Manoel Paez também foi picado, prometeu que se não morresse voltaria à sua terra e com dinheiro de esmolas, construiria uma igreja sob a invocação do Senhor dos Pobres.
Na cidade, é realizada a Festa do Santo Cruzeiro, reconhecida como uma manifestação de Interesse Cultural do Estado através da Lei Nº 9.222, de 28 de junho de 2023, de autoria da deputada Doutora Lidiane Lucena (Republicanos). O território ainda pertencia a Propriá quando a celebração foi iniciada.
Os moradores enfrentavam dificuldades para realizar casamentos, batismos, dentro outros atos religiosos. Para resolver o problema, foram realizadas as ‘Santas Missões’, que duravam uma semana e, durante a Santa Missão, os missionários solicitaram à comunidade que erguessem um tronco de madeira para o Santo Cruzeiro, o que aconteceu pela primeira vez em 7 de junho de 1910, na praça central. Anualmente, a festa é realizada entre os dias 3 e 7 de junho.
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