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Campanha ‘Janeiro Roxo’: especialista alerta para cuidados com a Hanseníase

A médica infectologista Manuela Santiago Foto: SES

Aprovada em 2023 na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), a Lei Estadual de nº 8.965/2022 que institui o ‘Janeiro Roxo’ –  mês dedicado à conscientização, mobilização e combate à Hanseníase.

Através do regulamento, as ações acontecem durante todos os meses nas Unidades Básicas de Saúde, mas no mês de janeiro as ações são intensificadas com palestras, fóruns de debates, entre outras mobilizações.

Ao longo dos anos, a campanha ‘Janeiro Roxo’ ressalta  a importância do diagnóstico precoce e a necessidade de buscar atendimento aos primeiros sinais da Hanseníase, evitando a transmissão para outras pessoas e consequências como incapacidades físicas.

Para a regularidade e longevidade dos efeitos e objetivos da Lei, a Campanha instituída através do símbolo do laço de cor roxa, sendo anualmente incentivada a iluminação ou decoração voluntária da parte externa de prédios, públicos ou privados, com luzes ou faixas na mesma coloração.

Hanseníase

A  Hanseníase é uma doença crônica secular. De acordo com o Boletim Epidemiológico da Hanseníase 2023, publicado pela Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde em janeiro de 2023, aponta que em 2022 foram diagnosticados 14.962 novos casos da doença no Brasil.

A transmissão da Hanseníase é feita de uma pessoa doente sem tratamento, para outra, após contato próximo de forma prolongada. A doença tem cura e o tratamento é gratuito e ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Fala da Especialista

O Brasil ainda é responsável por cerca de 90% dos casos novos diagnosticados nas Américas, sendo o segundo país a diagnosticar mais casos no mundo. De acordo com a médica a infectologista Manuela Santiago, a maior incidência de casos da doenças está em pessoas em situação de vulnerabilidade social.

“É importante lembrar porque é uma doença negligenciada e que tem cura, e que deve ser tratada corretamente. Geralmente acomete populações mais humildes. É uma doença infectocontagiosa e  que pode acometer pessoas que convivem na mesma casa”, ressalta.

A Hanseníase consiste em  lesões (manchas brancas ou avermelhadas – geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato) com perda de sensibilidade e perda de sobrancelhas. Ela incide em sua maioria no público masculino.

Procurar um dermatologista ou o médico da Unidade Básica de Saúde (UBS) assim que perceber alguma área do corpo com perda de sensibilidade é o primeiro passo para a cura. “O exame é simples e rápido, e busca os sinais dermatoneurológicos da doença. Já o  tratamento é baseado na baciloscopia , se paucibacilar ou multibacilar. As medicações são disponibilizadas pelo SUS e já vem os kits dos esquemas de tratamento. O tempo varia de 6 meses a 2 anos”, explica a médica infectologista Manuela Santiago.

 

 

Foto Capa: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

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