Na manhã desta terça-feira, 23, aconteceu uma reunião em Brasília entre produtores de milho em Sergipe e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. O encontrou teve o objetivo de levar ao Governo Federal a situação dos agricultores que, devido à falta de chuvas deste ano no semiárido sergipano, estão amargando prejuízos em sua produção.
A reunião foi marcada pelo senador Eduardo Amorim (PSC) e contou com a presença do deputado estadual Georgeo Passos (PTC), do senador Antônio Carlos Valadares (PSB), do ex-deputado Zeca da Silva e representantes da Federação da Agricultura do Estado de Sergipe. O ministro recebeu um ofício listando as solicitações dos produtores, entre elas, a renegociação das dívidas contraídas com bancos oficiais e agilidade nos tramites do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária – Proagro.
“Viemos tratar diretamente com o ministro sobre essa situação delicada. Precisamos de uma ação do Governo Federal, de uma intervenção do ministério junto ao Conselho Monetário para ver a possibilidade dos produtores que tem empréstimos juntos aos bancos oficiais ter liberado rapidamente o seguro. Além disso, pedimos que eles tenham a possibilidade de, no próximo ano, contraírem novos empréstimos e terem novas plantações”, comentou Georgeo Passos após o encontro.
Prejuízos
Ao todo, foram plantados este ano cerca de 200 mil hectares de milho em Sergipe com alto grau de investimento dos agricultores. Mas as chuvas não foram suficientes para atender a expectativa. A estimativa é de uma perda de 50% da produção de grãos de milho previstos para este ano no Estado. Isso deverá resultar em um prejuízo na casa dos R$ 600 milhões.
Segundo o senador Amorim, o próximo passo para amenizar este problema será levar o pleito dos produtores sergipanos para o ministério da Fazenda. “Viemos buscar uma solução para os males provocados pela seca. Ficamos otimistas por ver que o ministro Blairo Maggi se mostrou extremamente sensível ao problema e os encaminhamentos foram dados. Agora, estamos levanto essa questão para a Fazenda”, afirmou.
Proagro
O Programa, um seguro pago pelos produtores para cobrir despesas ocorrência de fenômenos naturais, pragas e doenças que atinjam rebanhos e plantações, e que é administrado pelo Banco do Brasil, poderá atenuar os prejuízos. Contudo, os produtores reclamam de uma demora na liberação do recurso, diante da falta de pessoal das agências bancárias da região produtora, afinal, é necessário realizar uma avaliação nas lavouras atingidas.
O problema atinge uma cadeia produtiva em mais de 20 municípios, entre eles, Frei Paulo, Ribeirópolis, Carira, Pinhão, Nossa Senhora de Aparecida, Simão Dias, Nossa Senhora da Glória, Poço Verde e Riachão do Dantas. O tema já tinha sido abordado por Georgeo Passos no plenário da Alese. Na semana passada, o parlamentar falou sobre a questão e pediu sensibilidade ao Governo, uma vez que a demora poderá resultar em uma crise econômica e social cada vez maior.
“Todos estão preocupados pois, apesar da baixa produção de grãos, ainda é possível colher para fazer silagem, que será utilizada como alimento para o gado. Mas se as avaliações demorarem muito, como vem ocorrendo, eles correm o risco de perder isso também. São pessoas que vão passar por momentos delicados, por dificuldades, uma vez que só terão renda na próxima safra, ou seja, no próximo ano. Isso irá gerar um impacto negativo muito grande em toda a economia de Sergipe”, concluiu Georgeo.
Texto e foto, Ascom do parlamentar