Música, fotografia e arte em telas mescladas no foyer da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), onde foi aberta, na noite dessa quinta-feira, (14), mais uma edição do Espaço Cultural Djenal Queiroz, com a exemplar finalidade de explorar o que Sergipe tem de melhor: sua cultura peculiar.
Desta vez o apanhado cultural deu-se pelos trabalhos de fotografia de Ângela Oliva, da música de Celda Fontes e banda, e artes plásticas de Anderson Camilo.
Na noite de abertura, os deputados da Alese estiveram representados pelos parlamentares Georgeo Passos e Ana Lúcia. Para Passos, o Espaço Cultural é uma importante oportunidade que há muitos anos a Casa Legislativa vem perpetuando.
“Afinal de contas os artistas precisam divulgar suas produções, desde os que já estão no mercado há muito tempo, aos que estão iniciando a carreira. O ex-presidente da Alese, deputado Antônio Passos reativou em sua gestão, o projeto Espaço Cultural. As outras sucessivas gestões deram continuidade à proposta e o atual presidente Luciano Bispo também exalta a importância do evento. Espero que permaneça por muito tempo”, enaltece o deputado.
Fotografia
A fotógrafa Ângela Oliva explica que o projeto é uma maneira do artista expor sua paixão. “Fotografia para mim é uma paixão. Adoro clicar paisagens, a natureza. E é aqui que estou pela segunda vez que participo, mas com trabalho diferente. É uma oportunidade maravilhosa para qualquer artista”, declara.
Música
“Para a sobrevivência das artes em Sergipe, é preciso um espaço aberto como este. Qualquer instituição que tome a iniciava de abrir as portas para o artista sergipano merece louvor. Vivemos em um pequeno estado, uma cidade que ainda não dá o valor devido à cultura local, muito embora esse quadro tenha melhorado por conta dessas iniciativas. É preciso que elas se perpetuem. Temos que agradecer”, afirma a cantora Celda Fontes, acrescentando o essencial valor do Espaço Cultural Djenal Queiroz para os artistas locais.
Pintura em tela
O artista plástico Anderson Camilo conta que seu trabalho exposto é uma pesquisa iniciada em 2004. “É um trabalho construtivista e desconstrutivista, o qual busquei minha impressão digital, meu traço, para que todos me identificassem”.
Ele revela que a exposição é uma trilogia composta por diferentes momentos: A Dedudart, em 2004; Desejo, em 2013 e a atual Música para os Olhos, em 2015. “Associei a pesquisa ao gestual ao som à música, à psicomotricidade, trabalho que desempenho com alunos de escolas. Não o prendo ao regionalismo, e sim nas cores e o movimento delas. A fragmentação nas telas retrata um pouco o que acontece na política brasileira atualmente, tudo muito confuso, violento, desconfigurado, desarrumado. A ‘Música para os Olhos’ é a busca do que é verdadeiro e que faz sentido em nossa vida”, resume Camilo.
O artista destaca o esforço da curadora Ilma Fontes. “Esse espaço é fundamental para o artista sergipano. É uma verdadeira memoria cultural. Sabemos que não é fácil manter um projeto cultural em uma casa política”.
Para a curadora Ilma Fontes, o Espaço Cultural acontece há 13 anos com riqueza de variedade cultural. “Mensalmente trazemos artistas de várias expressões e sem repetições de tão ricos que somos. O projeto é um referencial, onde todo artista quer expor seu trabalho, porque temos um público eclético, com o grande fluxo de público diário na Alese. Aqui temos arte sempre renovada, sempre inspiradora e referencial para os artistas sergipanos”, considera.
Marcaram presença na abertura do Espaço Cultural, o jornalista Amaral Cavalcante e o diretor da Galeria de Arte Álvaro Santos (GAAS), Luiz Adelmo. A Exposição no Espaço Cultural Djenal Queiroz segue em cartaz até 13 de maio de 2016. Vale a visita!
Por Tíffany Tavares – Agência Alese de Notícias
Fotos: César de Oliveira