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Ana Lúcia: Situação da educação e da previdência do Estado é muito grave

A professora e deputada estadual Ana Lúcia (PT), durante a Sessão Plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe dessa terça-feira, 2, ao registrar a paralisação que os professores da rede estadual realizam nessa terça e quarta-feira (2 e 3), comunicou que apesar de o Governo estar ciente da grave situação da Educação no Estado, ele ainda não acenou com nenhuma solução.

Ana Lúcia informou a pauta de reivindicação da paralisação do magistério estadual e relatou que o magistério foi recebido, mas o impasse continua. “Os professores iniciam hoje uma paralisação de dois dias contra o atraso no pagamento dos aposentados, pela retomada da carreira do magistério e pelo reajuste do piso para todos os níveis. A situação é muito grave. O governo já nos recebeu em audiência e reconhece o desmonte do plano de carreira, porém até o momento não acenou para nenhuma alternativa”, atentou.

Além dos professores, a deputada também falou sobre a difícil situação dos trabalhadores da Educação do Estado que tiveram a sua greve declarada ilegal. “É impressionante como toda greve de trabalhador é declarada ilegal pela Justiça do nosso Estado. Eles estão passando por uma situação de extrema necessidade e estavam protestando contra o desequilíbrio e pedindo a atualização do plano de carreiro. Nesse sentido, faço um apelo ao governador que pague aquilo que é devido aos trabalhadores”, declarou.

Questão da Previdência

A parlamentar também abordou a crítica situação da previdência do Estado e lembrou das denúncias que fez no semestre passado sobre o déficit da previdência. “Nós temos hoje todos os aposentados, de todos os poderes, recebendo com 15 ou até 20 dias de atraso. Isso acontece porque o fundo previdenciário está falido e essa falência ocorreu porque governos anteriores ao de Marcelo Deda usaram indevidamente esse recurso e a sua capitalização não ocorreu, como eu denunciei no semestre passado”, relembrou.

A petista afirmou que já foi feito um estudo sobre os gastos no Governo de João Alves Filho, mas que não se estendeu aos outros. “O Instituto da Previdência já fez um estudo sobre o período do último governo de João Alves e os dados sobre como esse recurso foi utilizado já estão em suas mãos. Porém, em relação aos outros períodos, o Instituto ainda não apresentou nenhum dado sobre esse gasto e alega que o Tribunal de Contas do Estado deve elaborar esse estudo”, relatou

A deputada também cobrou informações sobre como governos passados utilizaram o recurso do fundo previdenciário “O Governo do Estado de Sergipe e a Secretaria da Fazenda deve explicar como esse recurso foi gasto. Pois ao longo da história do nosso país, nós vemos que o servidor não é prioridade para os governantes. Queremos saber a resposta sobre esse fundo e sobre quem levou esse fundo à falência. O servidor não é serviçal”, arrematou Ana Lucia.

Por Ascom Parlamentar
Foto: Jorge Henrique

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