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Ana Lúcia registra seu pesar pela morte de Dom Paulo Evaristo Arns

A deputada estadual Ana Lúcia registrou, na manhã desta quinta-feira, 15, seu imenso pesar pela morte do arcebispo de São Paulo e símbolo da resistência à ditadura, Dom Paulo Evaristo Arns. O Cardeal faleceu nesta quarta-feira, 14, aos 95 anos, após ter construído uma trajetória de luta em defesa da democracia e da libertação do povo oprimido.

Dom Paulo Evaristo Arns foi um homem que contribuiu de forma decisiva com o processo de redemocratização deste país, e que parte num período tão difícil para a população brasileira”, lamentou Ana Lúcia.

A tolerância e a resistência permearam a história de Dom Evaristo, que resistiu à repressão da ditadura, aos esquadrões da morte e à tortura. De habitos e formação franciscana, ele foi um dos grandes defensores da teologia da libertação e incentivador dos movimentos sociais, tendo dedicado sua vida à defesa dos mais pobres e à luta pela justiça social.

Fica aqui nossa solidariedade ao povo brasileiro, pois se não fosse Dom Evaristo, talvez nós não tivéssemos reconquistado a democracia, que novamente passa por um sério risco. Mas com certeza outros Dom Helder Câmara, outros Dom José Vicente Távora, outros Dom Paulo Evaristo Arns vão estar na trincheira com essas duas ‘palavras força’: coragem e esperança, para que possamos passar por este momento enfrentando, denunciando e anunciando mudanças profundas para a vida da população brasileira”, resumiu a parlamentar.

Sobre Dom Evaristo

Quinto de 13 filhos de imigrantes alemães, Arns nasceu em 1921 em Forquilhinha, Santa Catarina. Ingressou na Ordem Franciscana em 1939 e iniciou seus trabalhos como líder religioso em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Formou-se em teologia e filosofia em universidades brasileiras. Ordenado sacerdote em 1945, ele foi estudar na Sorbonne, em Paris, onde cursou letras, pedagogia e também defendeu seu doutorado.

Foi bispo e arcebispo de São Paulo entre os anos 60 e 70. Teve uma atuação marcante na Zona Norte da cidade, região em que desenvolveu inúmeros projetos para a população de baixa renda. Ao longo de sua trajetória, atuou como jornalista, professor e escritor, tendo publicado 57 livros.

No período da ditadura, destacou-se por sua luta política, em defesa da democracia, dos direitos humanos, contra as torturas e a favor do voto nas Diretas Já. Ganhou projeção na militância em janeiro de 1971, logo após tornar-se arcebispo de São Paulo e denunciar a prisão e tortura de dois agentes de pastoral, o padre Giulio Vicini e a assistente social Yara Spadini. No mesmo ano, apoiou Dom Hélder Câmara e Dom Waldyr Calheiros, que estavam sendo pressionados pelo regime militar.

 

Por Assessoria Parlamentar

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