Por Júnior Matos/ Agência de Notícias Alese
O mais recente levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), indica que acidentes envolvendo afogamentos são considerados uma das maiores causas de mortalidade envolvendo, sobretudo, vítimas com idade entre 1 (um), e 24 anos de vida. A maioria de casos ocorre durante atividades do cotidiano a exemplo de banhos de piscina, rio e mar, bem como coleta de água e lavagem de roupa.
No Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é que mais de seis mil vidas são perdidas todos os anos em decorrência de afogamentos. Como forma de propagar medidas preventivas, no ano de 2021 a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou a Resolução sobre Prevenção Global de Afogamento, celebrada anualmente no dia 25 de julho. O objetivo é reunir empresas, instituições e organizações – sejam elas públicas ou particulares -, para divulgar a data e conscientizar o maior número de pessoas.
Dados em Sergipe
De acordo com o Tenente-Coronel Jairo Cruz, assessor de comunicação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe (CBM/SE), foram registrados, até a última quarta-feira (19), 23 óbitos por afogamentos somente este ano. “Durante todo ano de 2022, foram registrados 25 óbitos por afogamentos. Ainda não temos um levantamento de específico voltado para vítimas não fatais. Porém, os número são altos”, contabilizou o bombeiro militar.
Ainda de acordo com o comunicador, as primeiras orientações passadas para evitar casos de afogamento são: nadar
apenas em áreas supervisionadas por guarda-vidas e nunca sozinho.
“Consultar o Guarda-Vidas para saber as condições para o banho e para o surf antes de entrar na água; Informar qualquer irregularidade observada ao guarda-Vidas; Se for pego por uma corrente, nadar diagonalmente a ela até conseguir escapar; Chame por socorros ou faça sinais se não conseguir sair da corrente; Nunca finja ter necessidade de socorro são medidas que contribuem para diminuir os riscos de afogamento”, explicou o Tenente-Coronel Jairo Cruz.
Jamille Desirré, profissional da Enfermagem, sofreu afogamento em março deste ano, na praia da Cinelândia, zona Sul de Aracaju. Ela conta que o solo – mesmo no raso -, apresentava diversos pontos com buracos, e isso contribuiu para o acidente.
“Foi tudo muito rápido! Eu entrei no mar, e logo na beirada já tinha um ponto de buraco. Acabei caindo nele. Para minha sorte, tinha um jovem passando pelo local. Eu comecei a gritar e abrir os braços para que ele pudesse entender o pedido de socorro. Ele foi muito ágil e rapidamente e chamou os bombeiros salva-vidas. Fui socorrida, e em seguida encaminhada para uma unidade de saúde, onde fui informada que fui a quinta vítima de pré-afogamento somente naquela semana”, disse.
Lei Estadual
No ano passado foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), a LEI Nº 4.699, a qual dispõe sobre a obrigatoriedade de ‘Guardião de Piscinas’, em áreas de lazer localizadas em clubes e estabelecimentos escolares públicos e privados.
“É obrigatória a permanência de Guardião de Piscinas, localizadas nos hotéis, clubes sociais e esportivos, estabelecimentos escolares públicos e privados e nas academias de esportes e ginásticas, por todo tempo de funcionamento. A não observância da presente Lei por parte dos dirigentes de hotéis, clubes sociais e esportivos, estabelecimentos escolares, academias de esportes e ginásticas, implicará na aplicação de multas aos responsáveis por estes estabelecimentos”, este texto está descrito na justificativa da Lei.
Foto: Corpo de Bombeiros de Sergipe