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Alese aprova ‘Dia Estadual do Vegetarianismo’, proposto por Kitty Lima

Por Assessoria Parlamentar

A Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) aprovou na última quinta-feira, 23, o Projeto de Lei (PL) de autoria da deputada estadual Kitty Lima (Cidadania) que institui o Dia Estadual do Vegetarianismo, a ser celebrado anualmente no dia 01 de outubro, com o objetivo de promover novos hábitos alimentares mais saudáveis por meio da visibilidade do movimento vegetariano, instigando a pesquisa e revisão da cultura alimentar.

Com foco na exclusão do consumo de todos os tipos de carnes por não compactuar com a exploração, confinamento e abate de animais, além dos impactos produzidos por esse setor no meio ambiente, o vegetarianismo propõe a adoção de uma dieta mais saudável e livre da exploração animal.

Para Kitty Lima, o PL representa “um dia para chamar a atenção para essa forma de se alimentar e também para a filosofia de vida, para que as pessoas revejam seus hábitos e estilo de vida. É uma oportunidade para instigar o conhecimento sobre os benefícios da alimentação vegetariana, tanto em termos de saúde, como em relação ao bem-estar dos animais e à preservação da natureza”.

A proposta apresentada pela deputada é inspirada no Dia Mundial do Vegetarianismo, estabelecido em 1977 pela Sociedade Vegetariana Norte Americana, comemorado em 01 de outubro, e que há mais de 40 anos serve para chamar a atenção para as problemáticas consequências da produção e consumo de carne, bem como sobre as vantagens de uma alimentação vegetariana.

”Essa foi a nossa inspiração porque comunidades vegetarianas do mundo inteiro têm celebrado essa data, por isso Sergipe não pode ficar de fora desse movimento também. Sou vegetariana desde criança, quando entendi a exploração animal que existia por detras de todo o processo para que aquele pedaço de carne pudesse chegar até meu prato. Foi então que o meu amor pelos animais falou mais alto e optei por nunca mais comer carne”, explica Kitty.

De acordo com um estudo realizado pela Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), foi comprovado que o aumento de 100 gramas de qualquer tipo de carne ingerida diariamente está associado a alta de 12% a 17% do risco de câncer de cólon e reto. Quando o assunto é carne processada, o risco é ainda maior. Isso porque o aumento diário de ingestão de apenas 25 gramas deste tipo de carne está associada ao aumento de 49% do risco de câncer de cólon e reto.

Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde (MS) aponta ainda que 60% da população brasileira apresenta sobrepeso ou obesidade. O estudo revela que 01 em cada 03 crianças, com idade entre 5 e 9 anos, sofre de obesidade infantil.

“Estou feliz com essa aprovação na Alese e espero que o governador Belivaldo Chagas sancione essa lei para que então possamos discutir com maior abrangência sobre o vegetarianismo e conscientizar a população para novos hábitos alimentares, o reflexo positivo de uma nova dieta à saúde, e o combate à exploração animal neste processo”, completa a parlamentar.

Vegetarianismo nas escolas

A deputada Kitty Lima possui ainda um outro projeto de lei, já em trâmite na Alese, que propõe a inserção de um cardápio alimentar mais saudável aos alunos da rede estadual de ensino. O PL Segunda Sem Carne tem como objetivo oferecer, todas as segundas-feiras do mês, uma refeição sem carne de origem animal aos alunos e substituída por alimentos mais saudáveis, a fim de evitar, nas crianças e adolescentes, o surgimento de doenças oriundas de uma má alimentação.

”A gente não vai tirar a carne do cardápio até porque sabemos que muitas delas gostam desse alimento, mas sim substituí-la uma vez por semana por outros alimentos mais saudáveis que não são de origem animal”, pontua parlamentar.

O movimento ‘Segunda Sem Carne’ está presente em mais de 30 países e é apoiado por inúmeros líderes nacionais e internacionais, além de diversas instituições. No Brasil, por exemplo, desde 2011, a rede pública de ensino de São Paulo passou a servir refeições exclusivamente sem carne para mais de 900 mil alunos todas as segundas-feiras, assim como o Distrito Federal e os governos estaduais de Curitiba e do Rio de Janeiro.

 

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