Por Assessoria Parlamentar
Profissionais dos diversos campos da área da saúde, incluindo pessoal da limpeza e administrativo devem ter garantido o atendimento prioritário em serviços de urgência de unidades de saúde pública ou privada, no âmbito do Estado de Sergipe. É o que preceitua o Projeto de Lei 185/2020, já aprovado pela Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), de autoria dos deputados Maria Mendonça (PSDB) e Georgeo Passos (Cidadania).
A proposta altera artigo da Lei 8.709/2020 que já garantia a prioridade para médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares e técnicos de enfermagem. Com a mudança, passam a ser contemplados, também, assistentes sociais, biólogos, biomédicos, profissionais de educação física, farmacêuticos, fonoaudiólogos, nutricionistas, odontólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, técnicos de laboratórios, técnicos em radiologia, operadores de aparelhos de tomografia computadorizada e de ressonância nuclear magnética, atendentes, auxiliares e técnicos de farmácia.
Para garantir o atendimento, os profissionais deverão comprovar a atuação no enfrentamento ao Covid-19 em serviços de saúde nas unidades públicas ou privadas de Sergipe. “Infelizmente, são quase três mil casos de profissionais da saúde já infectados pela Covid–19. São trabalhadores que atuam direta ou indiretamente na assistência ao paciente”, disse a deputada Maria Mendonça, ao citar dados do Informe Epidemiológico da Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT/03), divulgado no último dia 17.
Mais atingidos
De acordo com o Informe, 83,16%, o correspondente a 2.415, prestam cuidados diretamente a enfermos; 8,78% (255) atuam de forma direta na assistência aos doentes, e 8,01% (234) estão na categoria dos profissionais que trabalham no setor administrativo ou em outros ambientes das unidades de saúde. “As informações mostram que entre os infectados estão 47 profissionais que atuam na área da limpeza, como auxiliares de serviços gerais, servente de limpeza e auxiliares de lavanderia”, citou Maria, ao se solidarizar com as vítimas da Covid-19.
Segundo o Informe, entre 14 de março e 9 de julho, dos 2.904 profissionais infectados pelo coronavírus, os técnicos e auxiliares em enfermagem foram os mais atingidos pelo vírus, somando um total de 957 casos. Além de 508 enfermeiros, 382 médicos, 246 trabalhadores em serviços de promoção e apoio à saúde (Agente de combate à endemias, agente comunitário de saúde, agente de saúde pública/técnico em saúde), entre outros.
Nesse mesmo período foram registrados 255 casos de infecção por Covid-19 em profissionais que atuam indiretamente na assistência ao paciente. ‘’ O nosso projeto vem na perspectiva de garantir mais tranquilidade a esses profissionais que estão, direta ou indiretamente, na linha de frente das unidades de saúde, o que os tornam ainda mais vulneráveis’’, disse Maria.