Por Assessoria da Parlamentar
Ao falar sobre as dificuldades e a “guerra psicológica” enfrentadas pelos renais crônicos, a deputada estadual Maria Mendonça (PSDB) apelou para que os Governos estadual e municipais resolvam o problema para que esses pacientes possam viver com dignidade. “Os gestores precisam resolver essa situação de uma vez por todas. É fundamental que se coloquem no lugar desses cidadãos e ajudem a salvar essas vidas”.
O apelo de Maria ocorreu, na Assembleia Legislativa, após ouvir um testemunho emocionado da presidente da Associação dos Renais Crônicos e Transplantados de Sergipe (Arcrese), Adriana Santos Costa, que é portadora de três doenças crônicas. “Eu tenho insuficiência renal crônica. Há quatro anos sou transplantada e recebi um rim de um doador-cadáver. Eu fui salva e esse “sim” dessa família me deu a chance de, mesmo com insuficiência renal, ter mais uma filha, que hoje tem 16 anos”, disse Adriana.
Adriana disse que foi salva e a decisão dessa família em lhe doar um rim, a permitiu que, mesmo com insuficiência renal, pudesse ter uma filha, que hoje tem 16 anos. Antes, ela havia perdido três filhas em decorrência das enfermidades, ainda desconhecidas, à época. “Para mim, o que importa hoje é doar vida e amor. O dinheiro não salvou as minhas filhas. Eu não tenho plano de saúde. Sou atendida pelo SUS, no Huse (Hospital de Urgência)”, disse.
Serviço de diálise – A deputada Maria Mendonça falou da sua decisão de defender e lutar por esses pacientes, pois entende a dor de perder um ente querido por falta de um órgão. “Eu perdi um irmão, aos 21 anos de idade. Conheço bem essa dor”, disse, lembrando que quando foi prefeita de Itabaiana, implantou o Centro Regional de Hemodiálise, justamente, para atender aos pacientes do agreste sergipano que tinham que se deslocar até Aracaju, três vezes por semana em busca do tratamento.
“Foi uma vitória importante da nossa gestão”, afirmou, ao relembrar a luta do nefrologista sergipano Roberto Nogueira, que é dono de clínica de hemodiálise, para que não haja suspensão do atendimento por falta de insumos. “Temos alertado que a situação é muito grave. Alguns insumos aumentaram 500% com a alta do dólar, enquanto a tabela SUS está defasada há anos, comprometendo o atendimento dos renais crônicos. O empresário nos relatou que tem usado o patrimônio pessoal para manter a clínica aberta, mas já não há mais condição de continuar”, afirmou. Ela destacou que “graças a Deus, o governador Belivaldo Chagas disponibilizou o serviço de diálise para o Hospital Garcia Moreno, mas não é suficiente”.