Por Assessoria Parlamentar
A deputada estadual Maria Mendonça (PSDB) considerou “lastimáveis e assustadores” os dados do 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado ontem (18) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. De acordo com os números, pelo menos 10% (4.928) das mortes violentas registradas no Brasil, em 2019, tiveram como vítimas crianças e adolescentes.
“Estamos tratando da vida de vulneráveis. De meninos e meninas que, de forma brutal e intencional, são impedidos de viver. Causa-nos profunda angústia, sobretudo, porque a Constituição Brasileira lhes assegura o direito “à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais””, disse. Nesse cenário, Sergipe ocupa a terceira colocação com 6,09 casos para cada 100 mil habitantes.
A pesquisa envolveu 20 Estados (SE, AL, PB, PE, CE, DF, ES, MA, MG, MS, MT, PA, PR, RJ, RO, RR, RS, SC, SP e TO) onde estão concentradas 84% dos brasileiros. O Espírito Santo teve a maior quantidade de casos: 6,79; Pernambuco aparece em seguida com 6,22. Os números mostram, ainda, que 90% das mortes atingem jovens entre 15 e 29 anos. Desses, 75% são negros.
Segundo o próprio Unicef, diariamente, no Brasil, uma média de 32 crianças são assassinadas pelas mais variadas situações. “Proteger essas crianças e adolescentes é prioridade para o Fundo das Nações Unidas para a Infância e, também, deve ser prioridade para o Brasil e para cada cidadão. Todos devemos estar irmanados nesse propósito de preservar o futuro da nossa Nação”, afirmou a deputada, que é autora de diversas proposituras que alcançam os jovens sergipanos.
Unicef em Sergipe – Em julho do ano passado, lembrou a deputada, em visita a Sergipe, a representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer, esteve com o governador Belivaldo Chagas para discutir a agenda da infância e adolescência no Estado. No encontro, foram tratadas sobre as estratégias para enfrentar os desafios na área da educação, dos cuidados integrais com a primeira infância e na prevenção da violência contra meninas e meninos.
“É importante que o resultado dessa conversa reverbere positivamente. Para isso deve haver uma somação de esforços dos mais variados segmentos, como o Fórum Estadual dos Direitos da Criança, Organizações não governamentais e sociedade civil”, afirmou Maria Mendonça.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública leva em conta a faixa etária de zero a 19 anos, a mesma utilizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo a publicação, apesar de casos esporádicos gerarem comoção e ganharem repercussão na sociedade, os “estupros e mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes no Brasil, são fenômenos inaceitavelmente comuns e configuram problemas graves, que merecem atenção constante de cidadãos e autoridades”.