Por Assessoria parlamentar
A deputada estadual Janier Mota, diante das denúncias feitas por alguns funcionários, foi até o Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória, na última quinta-feira (21) e se reuniu com a superintendente interina, Walleska Torres e com representantes dos funcionários que se manifestaram pedindo principalmente, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Para a parlamentar, a reunião foi muito positiva. “Pudemos ouvir todos os lados, identificar o que está bom e o que precisa melhorar, para que juntos possamos ir atrás das soluções. Mas é fato que quando assumi o mandato, esse hospital estava sucateado e eu tomei essa responsabilidade para mim, aos poucos fomos conseguindo avanços e hoje ele já está muito melhor”, disse.
Segundo a diretora técnica da unidade, Walleska Torres, que ocupa interinamente o cargo de superintendente da unidade, houve uma falta de comunicação entre os funcionários e a direção. “Nós estamos cientes das dificuldades que o momento nos propõe, mas diariamente pedimos kits de EPIs e a Secretaria sempre envia prontamente, o mais rápido possível. Acontece que, o nosso Regional, assim como todos os outros, não estava preparado para tudo que esse novo vírus demanda. Estamos aprendendo na prática e diariamente”, informou.
Como a utilização de EPIs é muito grande e vários kits são gastos por dia, a deputada Janier se comprometeu com a doação de R$ 10 mil reais para aquisição de mais equipamentos. “Tenho plena consciência das dificuldades e acredito que se cada um fizer um pouco, podemos atravessar esse período com mais leveza. Não podemos arriscar que os funcionários possam fica sem EPIs, apesar de sabermos do compromisso da Secretaria de Saúde do Estado. Precisamos nos unir nesse momento”, declarou.
Segundo a técnica de enfermagem Valdilene, que também estava na reunião, todos os profissionais deveriam receber seus kits assim que entram no hospital. “A gente não pode entrar, circular na unidade e só depois receber esses equipamentos, é para nossa segurança”, pontuou e já foi respondida pela gestão que informou que irá verificar como é possível fazer essa entrega de forma mais rápida.
Ainda de acordo com Walleska, um dos maiores problemas do hospital é a falta de recursos humanos. “Temos a escala completa para atendimento de outras patologias, mas na ala COVID estamos precisando de mais pessoal. Entramos em contato com a Secretaria, que conseguiu mais três funcionários e nós só estamos aguardando as documentações deles, para que possam começar”, disse.
Questionada sobre o quantitativo de funcionários infectados pelo coronavírus, a superintendente disse que não passa de trinta. “Até esse momento, são 23 funcionários com a COVID-19, podendo esse número aumentar um pouco pois estamos aguardando mais resultados. Todos esses trabalhadores estão em isolamento domiciliar e monitorados pelo hospital. É claro que eu queria que esse número fosse zero, mas infelizmente não é possível, uma vez que o vírus está espalhado por todas as partes do mundo”, explicou Walleska.
Foto: Davi Santos