Por Stephanie Macêdo – Rede Alese
Na videoconferência realizada na manhã desta quinta-feira, 30, entre os deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) e o secretário de Estado da Saúde (SES), Valberto de Oliveira Leite, a deputada Maria Mendonça expressou preocupação quanto a capacidade de sistema de saúde estadual, e questionou ao gestor público se o Governo de Sergipe está preparado para a possibilidade de um pico de contágio por COVID-19. A deputada também preocupou-se com a superlotação dos presídios, frente a necessidade do espaçamento entre os encarcerados diante da pandemia.
Em resposta aos questionamentos da parlamentar, o secretário Valberto explicou que Governo do Estado vem passando por grandes pressões para fazer o melhor dentro do sistema estadual de saúde, pois os impactos trazidos pela propagação do novo coronavírus abalaram vários setores.
“O Brasil e o mundo está aprendendo a lidar com o COVID, até mesmo os Centros de Medicina Avançada estão aprendendo a lidar com a situação, e nós não somos diferentes. Vivemos as mesmas perguntas e preocupações. As decisões que tomamos de dia, já não são mais repetidas de noite. Por isso estamos frequente em reuniões contínuas, as mudanças são necessárias e rápidas, para melhor atender a população e assim prevenir o contágio”, declarou o secretário.
Controle e Planejamento
Sobre a distanciamento social, aglomerações, assunto também abordado por a deputada Maria a cerca do descumprimento por parte da população, o secretário Valberto explicou que embora o Governo vir trabalhando de forma intensificada para controlar o contágio, por meio de medidas de isolamento social e até ampliando os números de testagens na população, há casos de pessoas gripadas em casa, com corona, e que não aparecem nas unidades de para fazer exames. “Esse povo escapa do nosso controle e isso nos preocupa muito. E isso serve de critério para avaliar o aumento do contágio, e a gente não quer que aconteça”, lamentou.
“Nesse tempo de Pandemia, não estamos tratamos a Rede Privada diferente da Rede Pública, formou-se a Rede de Saúde de Sergipe. Se um paciente com plano de saúde ao encontrar a rede privada superlotada, ele irá para a pública. Não há limites. Feito isso, com a união da rede, hoje temos um total de 146 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) disponíveis. Contudo, com a instalação de respiradores no hospital de Estância, e nos hospitais Renascença e São José, a Rede de Saúde de Sergipe passará a ter 245 leitos, juntando enfermarias e UTI”, destacou o secretário de Saúde.
Presidiários
Quanto ao surgimento de casos por coronavírus nos presídios, o secretário da Saúde explicou que era previsível a ocorrência de casos, mas que a situação está sob controla das pastas da Saúde e da Segurança. Ressalta que vem mantendo interface com a secretaria de Segurança, Cristiano Barreto, e que o Governo do Estado vem tentando equacionar um antigo problema no sistema prisional quanto a falta do profissional de saúde para dar assistência aos presidiários.
“Estamos com essa situação quase resolvida. Colocamos contêiner para agilizar atendimentos, e estamos retirando os detentos gripados dos presídios e os enviando para Areia Branca, a situação está bem planejada”, garantiu.
Foto: Júnior Matos